Procurado
Enquanto Eles se aninhavam no lúgubre quarto da frente, o gato preto de olhos azuis, que atende por Tili, escapoliu pela janela do quarto parede / meia.
Sobre a mesa puida, flores adormecidas e debaixo delas, um bilhete mal escrito. Havia também um pito, uma guimba de cigarro mal cheirosa e mal enrolada.
Por volta das 5h da matina, os Galos dos arredores entoaram cânticos tristes, enfadonhos, medonhos.
Fora os dois que se ferroavam debaixo dos lençóis, Tili era o único vivente no castelo, naquele momento. Chegara ao local pelo cheiro de cio nupcial.
Por ser noite alta, deduz-se que os demais residentes, ou melhor, os Ratos, Baratas e Pulgas estavam fora, a trabalho.
Também não fez-se ouvir o pássaro Curiango. Nem sempre, mas em travessias demasiadas longas, empoleirava no sotón ou na cruz da igreja para ressonar o restante da noite; motivo de não contarem com Ele na moradia.
Como vestígio, ficou dois metacarpos jogados no corredor: um do polegar e o outro do dedo mínimo; porém, bastante incinerados.