Histórias do Povão II
Devido a grande interação que houve com os leitores, continuarei escrevendo as histórias do povão e o conto de hoje é na cidade de Alvarenga que faz divisa com Pocrane, ambas as cidades são no estado de Minas Gerais.
É muito comum ouvirmos pessoas afirmarem que em algum momento de suas vidas presenciaram algum fato bizarro e esse que irei vos contar aconteceu no início da década de 90.
Marcão e Cidão, moravam em Pocrane e num belo sábado de sol, resolveram visitar seu tio. José Antônio morava com a sua dona e o seu filho Juvenil, num vilarejo distante de Alvarenga.
Aproximando a tardinha, Juvenil resolveu levar os primos para passearem na cidade, e logo José Antônio retrucou: "Como pode Juvenil aproximando à noitinha, querer ir passear com eles na cidade? Você bem sabe que vão passar na Serra da Lagartixa e como são os rumores que lá ouvimos choros de crianças. Juvenil foi logo respondendo: "Isso tudo é invenção do povo, não existe nada disso".
Então prepararam dois cavalos. Juvenil foi em um e no outro foram Cidão na sela e Marcão na garupa, e partiram rumo ao centro de Alvarenga, onde pretendiam divertir um pouco. Na ida foi tudo normal, não acontecendo nada que pudesse chamar a atenção dos jovens e chegaram na cidade por volta das 19 horas.
Algo comum no interior é sentar na pracinha da cidade e ficar observando o movimento. E foi justamente o que os jovens fizeram, naquele vai e vem ficavam observando as lindas moçoilas que por ali passavam, acrescentando-se a isso comeram pipoca e jogaram sinuca. Não demorou muito e no relógio já sinalizava 23 horas, então trataram de retornar para casa.
Dos três jovens Marcão estava mais apreensivo, como no alto da serra, alguém teria que abrir a porteira, foi logo esquivando dessa responsabilidade, como Cidão era o mais doidão e não dava créditos para os boatos da serra, coube-lhe a ele agora a garupa.
Só que a partir daquele momento, os jovens iam ficar tão estarrecidos que não ousariam dar um pio sequer. No mesmo instante em que eles começaram a subir à Serra da Lagartixa, unissonamente o choro começou, aquelas vozes causavam medo e espanto, arrrepiados eles ficaram e quanto mais adentravam pela serra, mais acentuadas ficavam as vozes e a escuridão. Quando findaram a serra as vozes cessaram.
Chegaram em casa e lá estava José Antônio na expectativa e foi logo perguntando: "Por acaso ouviram os choros?". E os três jovens concordemente ainda assustados disseram que sim, que nunca tinham passado tanto sufoco, como naquele dia.
Devido a grande interação que houve com os leitores, continuarei escrevendo as histórias do povão e o conto de hoje é na cidade de Alvarenga que faz divisa com Pocrane, ambas as cidades são no estado de Minas Gerais.
É muito comum ouvirmos pessoas afirmarem que em algum momento de suas vidas presenciaram algum fato bizarro e esse que irei vos contar aconteceu no início da década de 90.
Marcão e Cidão, moravam em Pocrane e num belo sábado de sol, resolveram visitar seu tio. José Antônio morava com a sua dona e o seu filho Juvenil, num vilarejo distante de Alvarenga.
Aproximando a tardinha, Juvenil resolveu levar os primos para passearem na cidade, e logo José Antônio retrucou: "Como pode Juvenil aproximando à noitinha, querer ir passear com eles na cidade? Você bem sabe que vão passar na Serra da Lagartixa e como são os rumores que lá ouvimos choros de crianças. Juvenil foi logo respondendo: "Isso tudo é invenção do povo, não existe nada disso".
Então prepararam dois cavalos. Juvenil foi em um e no outro foram Cidão na sela e Marcão na garupa, e partiram rumo ao centro de Alvarenga, onde pretendiam divertir um pouco. Na ida foi tudo normal, não acontecendo nada que pudesse chamar a atenção dos jovens e chegaram na cidade por volta das 19 horas.
Algo comum no interior é sentar na pracinha da cidade e ficar observando o movimento. E foi justamente o que os jovens fizeram, naquele vai e vem ficavam observando as lindas moçoilas que por ali passavam, acrescentando-se a isso comeram pipoca e jogaram sinuca. Não demorou muito e no relógio já sinalizava 23 horas, então trataram de retornar para casa.
Dos três jovens Marcão estava mais apreensivo, como no alto da serra, alguém teria que abrir a porteira, foi logo esquivando dessa responsabilidade, como Cidão era o mais doidão e não dava créditos para os boatos da serra, coube-lhe a ele agora a garupa.
Só que a partir daquele momento, os jovens iam ficar tão estarrecidos que não ousariam dar um pio sequer. No mesmo instante em que eles começaram a subir à Serra da Lagartixa, unissonamente o choro começou, aquelas vozes causavam medo e espanto, arrrepiados eles ficaram e quanto mais adentravam pela serra, mais acentuadas ficavam as vozes e a escuridão. Quando findaram a serra as vozes cessaram.
Chegaram em casa e lá estava José Antônio na expectativa e foi logo perguntando: "Por acaso ouviram os choros?". E os três jovens concordemente ainda assustados disseram que sim, que nunca tinham passado tanto sufoco, como naquele dia.