Os irmãos Poloneses Parte V
A mãe soltara Cairus para um novo experimento, algo com ácido. Enquanto o preparava, uma parte do teto despencou sobre sua cabeça fazendo-a desmaiar. O agora rapaz,muito debilitado viu a chance de livra-se e salvar a si e principalmente a amada irmã.Com extrema dificuldade saiu do sotam empunhando uma faca que ali estava.Viu-se com dificuldade de reconhecer a casa, o tempo e perturbações haviam afetado suas memórias. Ele recordou-se que Elisabeth estava no porão, então foi descendo toda escada que vira, até que ouviu um choro baixo,suprimido,vindo de uma das portas do corredor sujo. As chaves estavam penduradas do lado da porta. Ele entrou, e como estava escuro reconheceu-a somente pela voz. Os dois seguiram juntos,com muita dificuldade para a sala principal,saída mais próxima,escutando os gritos de Glenda que retomara a consciência. Cairus não aguentava de saudade da irmã e queria avidamente dar-lhe um beijo.
Anida era escuro os dois se puseram um a frente do outro e exaltaram com lágrimas o silêncio. No céu negro ouvi-se um grande trovão e o salão foi iluminado subitamente pelo clarão, o suficiente para Cairus ver a situação lamentável de Elisabeth ,irreconhecível. Esta estava com poucos cabelos, sem as mãos e com esparadrapos em vez de olhos...Parecia um verdadeiro monstro! Ele levou um susto descomunal e num involuntário movimento de defesa acabou acertando a fava que empunhara no pescoço de Elisabeth. Quando percebeu que a criatura medonha tratava-se de sua amada, não acreditou no que havia feito e pôs-se a lamentar e gritar sobre o corpo da irmã. Suas lágrimas rapidamente misturavam-se ao sangue. Num ato de fúria, arrependimento e autopunição matou-se da mesma forma. Sua vida não fazia mais sentido algum.
A mãe não demorou a morrer,dias depois jogou-se do alto da escadaria, em meio um novo surto.
Até hoje a casa acolhe todo o sofrimento sentido, pelos corredores ainda ouvem-se os gritos. Em cada parede ainda escorre o sangue dos dois irmãos poloneses. As almas dos jovens assombram o casarão, negando-se a abandonar o mundo terreno e fazendo de tudo para retornar à vida em outros corpos e retomar a história de amor negada. Porém o espirito de Elisabeth adentra todos os corpos por eles possuídos e refazendo a história, faz a vitimas ficarem loucas e matarem um ao outro da forma mais dolorosa possível.
Quem adentra a velha casa Thompson só pode ter a certeza de que não sairá. Em séculos de história os civis esperam ver um relato de algum casal que conseguiu livrar-ser da Bruxa Glenda e seus filhos.
Hoje, logo pela manhã,acabaram de chegar Lisa e John,um casal Italiano feliz da vida, contentes pela grande realização da noite de núpcias bem exótica...Certamente será...Deus ajude que estes pobres não desçam a grande escada e cheguem ao maldito porão,onde encontra-se o diário secreto de Elisabeth Thompson. Quem o abre acaba libertando os espíritos dos poloneses, e quando a sétima palavra da sétima página é lida,o pesadelo se liberta,os corpos estremessem e a história, se repete mais uma vez...