A CASA DOS DESAPARECIDOS
 
          A placa de aluga-se já com as cores desbotadas ainda permanecia no mesmo lugar. Robson já havia passado várias vezes no condomínio antes de convencer sua esposa Carla em se mudar para a casa de seus sonhos. Era a casa mais afastada das outras no condomínio, uma área verde com plantas ornamentais em sua frente contribuía para deixar o ambiente atrativo, a cor clara, um branco neve chamava atenção no contraste com o gramado e as plantas verdes em sua volta.
          Aquele olhar fixo e deslumbrante foi interrompido pelo corretor da imobiliária que chegou com um sorriso largo e a mão estendida para cumprimentar Carla primeiramente, seguindo de Robson e Pedro. Era uma tática, quando o contato é feito por um o bom corretor procura ser simpático com o outro para chamar atenção.
          Enquanto se dirigiam para a entrada da casa o corretor fazia alguns comentários, Pedro seguia atrás observando os detalhes de sua nova casa e por algum instante percebeu que alguém o observava de outra casa do condomínio, tentou ver melhor, mas o rosto feminino de uma garota desapareceu antes que observasse algum detalhe.
          Pedro parou por algum instante, ficou pensativo, tentava fixar em sua mente aquele rosto que viu por poucos segundos. Robson percebendo que Pedro ficou para trás o chama e faz um sinal com a mão para que entrem juntos em sua nova casa. Carla sem muita cerimônia pergunta ao corretor:
     - Essa casa foi alugada recentemente?
     - Tem algum tempo do ultimo aluguel, estava em reforma, o dono preferiu fazer uns ajustes, tinha algumas coisas para consertar. – Diz o corretor com ar de tranqüilidade.
     - Então é por isso que a placa já estava com as letras quase apagadas. – Diz Carla que observou esse detalhe ao chegar.
     - Exatamente, a reforma demorou muito e isso pode ter acontecido. – Diz o corretor afirmando sua observação.
     - A pintura é toda nova querida, isso eu vi no dia que entrei para checar se estava tudo bem, os quartos lá em cima estão com cheiro de novo. – Diz Robson tentando convencer sua esposa de que o negócio foi bom para a família.
         Enquanto sobem a escada para checar os quartos, Pedro que ainda segue atrás olha pela janela que a clareia e novamente ver a garota que dessa vez fica por mais tempo trocando olhares, seu olhar parece de preocupação. Pedro percebe e transfere essa preocupação para si. Sua mãe percebe algo e pergunta:


ESTE CONTO FAZ PARTE DO LIVRO "QUATRO CONTOS DE TERROR"
VOCÊ COMPRA EM:
https://www.amazon.com.br/QUATRO-CONTOS-TERROR-L%C3%A9o-Bargom-ebook/dp/B01LMMSAH4/ref=pd_rhf_dp_p_img_2?ie=UTF8&psc=1&refRID=SS0WDTDD6790NGEQX5KV
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 16/03/2015
Reeditado em 12/09/2016
Código do texto: T5172395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.