O ESCOLHIDO
 
          Os minutos corriam, o final do expediente chegava, com o final do dia em curso Deleir só pensava em ir embora, tinha compromisso com o mestrado, era reta final e tinha que se dedicar mais ainda para não deixar nada pendente.
          O último olhar para o relógio na parede para ter certeza que aquele dia de trabalho estava perto do fim, isso dava certo alívio, mas como todo final de expediente em que você é último funcionário a sair o telefone toca e o que você espera é que não seja um problema, pois o departamento tem essas coisas, ninguém liga no final do expediente que não seja um problema.
          Deleir se dirigiu ao telefone na pequena mesa torcendo para que não fosse um problema, pois já tinha planejado sua rota e suas tarefas, nessa hora não poderia aparecer pepino, isso iria mudar seu dia, seu destino. Ao atender ao telefone Deleir escutou uma voz que parecia desesperada:
     - Alô, alô! Quem fala, por favor? – Dizia a voz agoniada.
     - Oi, é o Deleir, quem fala, por favor. – Respondeu Deleir com calma.
     - Oi Deleir, aqui é a Tiago da escola rural da torre, a escola que fica perto das torres de transmissão, depois da floresta de pinho e eucalipto. – Diz Tiago, agora com mais tranqüilidade.
     - Diz ai qual é problema, já estava de saída, mas se der para te ajudar, vou tentar fazer o máximo. – Diz Deleir tentando ajudar o colega de trabalho.
     - Deleir é o seguinte, tenho que entregar a planilha amanhã e não consegui terminar, ela deu uns problemas na configuração e bloqueou umas células, agora não consigo fazer nada. – Será que você pode me ajudar, sei que você tem a senha para desbloquear as células, me ajude, por favor. – Diz Tiago com uma voz de aflição.
     - Caro amigo Tiago, vou ver o que posso fazer, tinha que resolver uns problemas, mas vou deixar para amanhã e vou ai tentar te ajudar. – Diz Deleir tentando acalmar o amigo.
          Sem pensar muito, Deleir desligou os computadores e impressoras, apagou a luz, fechou a porta do departamento e foi em direção do estacionamento. Até chegar fora do prédio Deleir não tinha percebido que o dia entregava para a noite um clima chuvoso e frio, as nuvens cercavam a cidade tentando se aproximar do chão de tão pesadas. Um raio desceu do céu avisando que aquela noite iria ser carregada, as nuvens se moviam lentamente escurecendo toda cidade.
       
ESTE CONTO FAZ PARTE DO LIVRO 'EXTRATERRESTRE"
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