O HOMEM MISTERIOSO DA CABANA DA LAGOA
Início de férias, tudo pela frente, andar por todos os lugares, visitar tios, tias e como rotina passar um dia na casa dos avós, este sim era o dia mais intenso, tinha os paparicos, os presentinhos e como todo ano as histórias de arrepiar. Giuli e Samuel não deixavam de visitar seus avós e esse dia parecia mais longo, já tinham feito de tudo e o dia não acabava e as sombras da noite não apareciam nas serras de Lagoa Santa, tudo parecia parado. Mas logo isso foi mudando as sombras foram escurecendo tudo em volta e o Morro do Cruzeiro começou a enevoar com mais intensidade.
Percebendo isso a avó de Giuli e Samuel logos os apressou, foi ajeitando uma coisa e outra, arrumando o cabelo de um e de outro, ajeitando as roupas para que seguissem direto para casa.
- Meninos estão prontos, agora partam direto para casa, não falem com estranhos, não se atrasem pelo caminho, não deixe que nada os chamem atenção e o mais importante não se aproximem da cabana da lagoa. – Diz a avó com um tom de preocupação. - Passem pelo caminho reto, nunca desçam o caminho que passa pela velha cabana perto da Lagoa, não desviem o caminho entenderam. – continuou explicando a avó.
- Tudo bem vó, vamos direto pra casa, não vamos ficar pelo caminho, pode deixar. – Diz Giuli preocupada em chegar logo em casa.
- Vó eu tomo conta da Giuli, vamos chegar bem rápido. – Diz Samuel confiante como sempre.
Giuli e Samuel pegam o caminho e começam a andar, as sombras começam a cobrir vagarosamente as serras enquanto isso o Morro do Cruzeiro já parecia noite. Nesse instante o medo já começa a ganhar força, ao passarem pela granja observam os arredores com cuidado como se alguma coisa estivesse por ali.
Estranhamente dois cachorros vira-latas os acompanham, Giuli tenta estalar os dedos na tentativa de foçar uma amizade, um dois cães amarronzado abana o rabo como se aceitasse de pronto a nova amiga. O outro cão branco sujo apenas os acompanha sem muita intimidade, mas não apresenta ser bravo, fica apenas naquele meio termo caminhando ao lado dos dois.
Agora os quatro caminham naquele fim de tarde meio cinzento, apesar de se conheceram naquele momento pareciam grandes amigos.
Após subir uma pequena rampa Samuel avistou a cabana a beira da lagoa, nesse instante chegaram Giuli e os dois cães e em um momento de contemplação ficaram observando lá em baixo aquele pequeno casebre de taipa formando uma paisagem meio escura em contraste com o brilho da água da lagoa.
Os dois cães começaram a ficar ansiosos ao verem a lagoa, num piscar de olhos saíram em disparada e só pararam quando mergulharam um tentando pegar o outro dentro d’água. Aquela cena era única, pouca luz refletindo nas gotas d’água quando um cão tentava pegar o outro. Aquele momento ao olhar para o Morro do Cruzeiro Giuli ficou preocupada ao perceber que a escuridão se aproximava rápido, num gesto comum pegou no braço de Samuel o chamando para seguirem caminho. Samuel não obedeceu e começou a correr para a lagoa na tentativa de tirar os cachorros de dentro d’água.
- Giuli, vamos tirá-los de lá, Vó falou para não ir lá, mas não podemos deixa-los. – Diz Samuel enquanto corre em direção a lagoa.
- Samuel, vamos embora, nem sabemos de quem é esses cães, vai escurecer logo, temos que ir. – Diz Giuli preocupada.
- Não podemos deixa-los, vamos chama-los, vem Giuli. – Diz Samuel enquanto se aproxima da lagoa e da cabana sem perceber.
Giuli observando que Samuel se aproxima muito da cabana de taipa a margem da lagoa logo tenta alertá-lo, mas naquele momento as coisas acontecem tão rápido que nem tem reação, vê que seu irmão já estar junto com os cachorros se molhando na água. Com cautela Giuli se aproxima da margem da lagoa, o frio do fim da tarde aparece provocando um pouco de arrepio, mas nada que a incomodasse.
Em um momento estranho os cães param de brincar, saem da água e ficam a margem da lagoa com se pressentisse algo ou tivesse farejado alguma coisa por ali. Giuli olha já desconfiada para Samuel como se emitisse um aviso para saírem dali o mais rápido que pudessem.
Numa reação de proteção os cães ficam em pé um ao lado do outro olhando para a velha cabana de taipa rosnando como se tivessem visto ou sentido presença de alguém. Giuli e Samuel agora observam a cena sem esboçar qualquer reação, aguardando surgir de dentro daquela cabana alguma coisa assustadora.
A velha porta começa a se abrir, seu rangido é peculiar, parecia pouco usada, isso a fazia emitir esse som estranho. Agora a sombra da cabana já ocultava a imagem nítida de quem quer que fosse aparecer ali. Os cães inquietos estavam prontos para atacar, mesmo não sendo de Giuli e Samuel parecia que os tinham seguido para protegê-los.
Aquele aviso da Avó, aqueles cães, a curiosidade de se meter nas coisas sem saber onde vai chegar naquele momento tudo passava pela a cabeça de Giuli e Samuel, mas naquele instante não dava para voltar atrás, o que tinha que acontecer, tinha que ser naquele momento.
Uma imagem começou a se formar no vão da porta, era uma imagem de estatura média, de um homem forte com uma aparência muito estranha. O medo tomou conta de Samuel e Giuli, agora faltavam pernas para correr, o temor tinha os paralisados, não se mexiam, apenas observavam com seus olhos arregalados aquele homem de aparência velha, vestindo uma camisa bege bem surrada, calça vinho bem suja e botas desgastadas pelo tempo, gerando um espectro de terror com sua imagem tenebrosa mostrando seus longos dentes brancos, que refletiam na pouca luz que ainda aparecia entre as encostas das serras revelando seu tamanho e suas pontas bem afiadas. Os cães rosnavam e não deixava o velho da cabana se aproximar de Giuli e Samuel, mas a noite chegava rápido, tinham que sair dali o mais rápido possível.
Um impasse foi quebrado quando Giuli segurou Samuel pelo braço e o puxou, numa reação espontânea saíram correndo sem olhar para trás. Os cães permaneceram em pé, firmes, rosnando e latindo como se estivessem ali para protegê-los. Num olhar preciso Giuli observou que a grande boca do espectro nebuloso revelava os dois dentes caninos muito grandes e que reluzia a pouco de luz que ainda insistia em permanecer naquele início de noite. Durante todo o percurso em que Giuli e Samuel corriam desesperados ouviam com nitidez uma grande gargalhada que invadia todo vale em volta da lagoa.
Sem poder respirar e falar direito de tanto correr Giuli e Samuel enfim chegam a sua casa, seus olhos revelam que o que viram não era uma coisa comum nesse mundo, pois o homem da velha cabana da lagoa era muito estranho e assustador além de possuir dois dentes afiados parecendo um Vampiro emitia grandes gargalhadas assustando tudo em volta da lagoa.
Nunca mais Giuli e Samuel viram os cães, não sabe seus paradeiros, nem sabem se realmente existem, pois acreditam que os cães que estavam ali para protegê-los não tinham dono, foi enviado por um anjo apenas na intenção de defendê-los do homem misterioso da cabana da lagoa.
Início de férias, tudo pela frente, andar por todos os lugares, visitar tios, tias e como rotina passar um dia na casa dos avós, este sim era o dia mais intenso, tinha os paparicos, os presentinhos e como todo ano as histórias de arrepiar. Giuli e Samuel não deixavam de visitar seus avós e esse dia parecia mais longo, já tinham feito de tudo e o dia não acabava e as sombras da noite não apareciam nas serras de Lagoa Santa, tudo parecia parado. Mas logo isso foi mudando as sombras foram escurecendo tudo em volta e o Morro do Cruzeiro começou a enevoar com mais intensidade.
Percebendo isso a avó de Giuli e Samuel logos os apressou, foi ajeitando uma coisa e outra, arrumando o cabelo de um e de outro, ajeitando as roupas para que seguissem direto para casa.
- Meninos estão prontos, agora partam direto para casa, não falem com estranhos, não se atrasem pelo caminho, não deixe que nada os chamem atenção e o mais importante não se aproximem da cabana da lagoa. – Diz a avó com um tom de preocupação. - Passem pelo caminho reto, nunca desçam o caminho que passa pela velha cabana perto da Lagoa, não desviem o caminho entenderam. – continuou explicando a avó.
- Tudo bem vó, vamos direto pra casa, não vamos ficar pelo caminho, pode deixar. – Diz Giuli preocupada em chegar logo em casa.
- Vó eu tomo conta da Giuli, vamos chegar bem rápido. – Diz Samuel confiante como sempre.
Giuli e Samuel pegam o caminho e começam a andar, as sombras começam a cobrir vagarosamente as serras enquanto isso o Morro do Cruzeiro já parecia noite. Nesse instante o medo já começa a ganhar força, ao passarem pela granja observam os arredores com cuidado como se alguma coisa estivesse por ali.
Estranhamente dois cachorros vira-latas os acompanham, Giuli tenta estalar os dedos na tentativa de foçar uma amizade, um dois cães amarronzado abana o rabo como se aceitasse de pronto a nova amiga. O outro cão branco sujo apenas os acompanha sem muita intimidade, mas não apresenta ser bravo, fica apenas naquele meio termo caminhando ao lado dos dois.
Agora os quatro caminham naquele fim de tarde meio cinzento, apesar de se conheceram naquele momento pareciam grandes amigos.
Após subir uma pequena rampa Samuel avistou a cabana a beira da lagoa, nesse instante chegaram Giuli e os dois cães e em um momento de contemplação ficaram observando lá em baixo aquele pequeno casebre de taipa formando uma paisagem meio escura em contraste com o brilho da água da lagoa.
Os dois cães começaram a ficar ansiosos ao verem a lagoa, num piscar de olhos saíram em disparada e só pararam quando mergulharam um tentando pegar o outro dentro d’água. Aquela cena era única, pouca luz refletindo nas gotas d’água quando um cão tentava pegar o outro. Aquele momento ao olhar para o Morro do Cruzeiro Giuli ficou preocupada ao perceber que a escuridão se aproximava rápido, num gesto comum pegou no braço de Samuel o chamando para seguirem caminho. Samuel não obedeceu e começou a correr para a lagoa na tentativa de tirar os cachorros de dentro d’água.
- Giuli, vamos tirá-los de lá, Vó falou para não ir lá, mas não podemos deixa-los. – Diz Samuel enquanto corre em direção a lagoa.
- Samuel, vamos embora, nem sabemos de quem é esses cães, vai escurecer logo, temos que ir. – Diz Giuli preocupada.
- Não podemos deixa-los, vamos chama-los, vem Giuli. – Diz Samuel enquanto se aproxima da lagoa e da cabana sem perceber.
Giuli observando que Samuel se aproxima muito da cabana de taipa a margem da lagoa logo tenta alertá-lo, mas naquele momento as coisas acontecem tão rápido que nem tem reação, vê que seu irmão já estar junto com os cachorros se molhando na água. Com cautela Giuli se aproxima da margem da lagoa, o frio do fim da tarde aparece provocando um pouco de arrepio, mas nada que a incomodasse.
Em um momento estranho os cães param de brincar, saem da água e ficam a margem da lagoa com se pressentisse algo ou tivesse farejado alguma coisa por ali. Giuli olha já desconfiada para Samuel como se emitisse um aviso para saírem dali o mais rápido que pudessem.
Numa reação de proteção os cães ficam em pé um ao lado do outro olhando para a velha cabana de taipa rosnando como se tivessem visto ou sentido presença de alguém. Giuli e Samuel agora observam a cena sem esboçar qualquer reação, aguardando surgir de dentro daquela cabana alguma coisa assustadora.
A velha porta começa a se abrir, seu rangido é peculiar, parecia pouco usada, isso a fazia emitir esse som estranho. Agora a sombra da cabana já ocultava a imagem nítida de quem quer que fosse aparecer ali. Os cães inquietos estavam prontos para atacar, mesmo não sendo de Giuli e Samuel parecia que os tinham seguido para protegê-los.
Aquele aviso da Avó, aqueles cães, a curiosidade de se meter nas coisas sem saber onde vai chegar naquele momento tudo passava pela a cabeça de Giuli e Samuel, mas naquele instante não dava para voltar atrás, o que tinha que acontecer, tinha que ser naquele momento.
Uma imagem começou a se formar no vão da porta, era uma imagem de estatura média, de um homem forte com uma aparência muito estranha. O medo tomou conta de Samuel e Giuli, agora faltavam pernas para correr, o temor tinha os paralisados, não se mexiam, apenas observavam com seus olhos arregalados aquele homem de aparência velha, vestindo uma camisa bege bem surrada, calça vinho bem suja e botas desgastadas pelo tempo, gerando um espectro de terror com sua imagem tenebrosa mostrando seus longos dentes brancos, que refletiam na pouca luz que ainda aparecia entre as encostas das serras revelando seu tamanho e suas pontas bem afiadas. Os cães rosnavam e não deixava o velho da cabana se aproximar de Giuli e Samuel, mas a noite chegava rápido, tinham que sair dali o mais rápido possível.
Um impasse foi quebrado quando Giuli segurou Samuel pelo braço e o puxou, numa reação espontânea saíram correndo sem olhar para trás. Os cães permaneceram em pé, firmes, rosnando e latindo como se estivessem ali para protegê-los. Num olhar preciso Giuli observou que a grande boca do espectro nebuloso revelava os dois dentes caninos muito grandes e que reluzia a pouco de luz que ainda insistia em permanecer naquele início de noite. Durante todo o percurso em que Giuli e Samuel corriam desesperados ouviam com nitidez uma grande gargalhada que invadia todo vale em volta da lagoa.
Sem poder respirar e falar direito de tanto correr Giuli e Samuel enfim chegam a sua casa, seus olhos revelam que o que viram não era uma coisa comum nesse mundo, pois o homem da velha cabana da lagoa era muito estranho e assustador além de possuir dois dentes afiados parecendo um Vampiro emitia grandes gargalhadas assustando tudo em volta da lagoa.
Nunca mais Giuli e Samuel viram os cães, não sabe seus paradeiros, nem sabem se realmente existem, pois acreditam que os cães que estavam ali para protegê-los não tinham dono, foi enviado por um anjo apenas na intenção de defendê-los do homem misterioso da cabana da lagoa.