Cristina
Lá vai ela, subindo a escadaria
Está misteriosa como sempre, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma máscara na mão
Lá está ela, andando lindamente, deixando escapar graça e beleza
Ela... Cristina...
Estava no baile, a máscara feita com penas de rouxinol era inconfundível. Ela sabia chamar atenção
As pessoas da alta sociedade, todas ali, presentes
Um banquete, tudo lindo. Irrevogavelmente perfeito
Cristina dançou e conversou e se aquietou
Ficou apenas a observar quando um homem vestido de terno azul-marinho e taça de vinho na mão subiu a escada
Vinho, vermelho, sangue. Aquilo a lembrava algo e a expressão dela mudou
A atenção das pessoas do baile se virou para uma mulher que estava brindando a promoção do homem que acabara de subir a escada
Essa era a hora. Esse era o momento
Cristina subiu a escada. Misteriosa como sempre, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma máscara na mão
De repente, o som de um tiro
Vinha do quarto ao lado direito da escadaria
Todos entram e presenciaram a terrível cena:
Um homem de terno azul-marinho, agora manchado de sangue e vinho, morto com um tiro certeiro no coração
Todos estavam lá; as mulheres choravam e os homens observavam
De repente, a ausência de uma presença
Faltava Cristina
Cristina estava no meio da rua, com expressão de alegria e satisfação, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma arma na mão.