Cristina

Lá vai ela, subindo a escadaria

Está misteriosa como sempre, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma máscara na mão

Lá está ela, andando lindamente, deixando escapar graça e beleza

Ela... Cristina...

Estava no baile, a máscara feita com penas de rouxinol era inconfundível. Ela sabia chamar atenção

As pessoas da alta sociedade, todas ali, presentes

Um banquete, tudo lindo. Irrevogavelmente perfeito

Cristina dançou e conversou e se aquietou

Ficou apenas a observar quando um homem vestido de terno azul-marinho e taça de vinho na mão subiu a escada

Vinho, vermelho, sangue. Aquilo a lembrava algo e a expressão dela mudou

A atenção das pessoas do baile se virou para uma mulher que estava brindando a promoção do homem que acabara de subir a escada

Essa era a hora. Esse era o momento

Cristina subiu a escada. Misteriosa como sempre, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma máscara na mão

De repente, o som de um tiro

Vinha do quarto ao lado direito da escadaria

Todos entram e presenciaram a terrível cena:

Um homem de terno azul-marinho, agora manchado de sangue e vinho, morto com um tiro certeiro no coração

Todos estavam lá; as mulheres choravam e os homens observavam

De repente, a ausência de uma presença

Faltava Cristina

Cristina estava no meio da rua, com expressão de alegria e satisfação, cabelos ao vento, vestido perfeito, olhar marcante e uma arma na mão.

Rayanne Correia
Enviado por Rayanne Correia em 05/01/2013
Código do texto: T4069235
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