Suspense

Com o corpo à espreita

Sob a noite gelada

Ele vem pela direita

Na beira da calçada.

Tem a forma de um homem

Com a alma de animal.

A mente de outros come

Jogando-lhes o sal.

Carrega consigo sua arma

De extrema importância.

Sua missão é como um carma:

Não pára. Só avança.

*

O executor se aproxima do alvo

Com suas longas pernas;

Cobrindo seu crânio calvo

Ele sai das sombras ermas.

Sorrateiro chega ao castelo

Onde se esconde a presa

Que treme com o cabelo

Iluminado co’a vela acesa.

Os guardas já dormem

Está livre o executor

Para matar os que se escondem

Debaixo do cobertor.

Cruel homem já chega ao local

Mostrando seu vil encarte.

Ele crava sua faca do mal

No peito da bela arte.

*

O vinho escorre sob o tapete vermelho

Deixando o rastro de má sorte.

Ela olha para o próprio espelho

Que presencia a sua morte.

Impune ao seu pecado

A vilania foge com o vento.

A vítima no chão abobadado

É deixada ao soar do relento.

A encomenda já está feita,

O sino anuncia com seu embate:

O homem que veio à espreita

Matou a moça chamada arte.

Phillip Oak
Enviado por Phillip Oak em 02/08/2011
Código do texto: T3135198
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