O último contato
O último contato
Já passavam das dez da noite, quando de repente o telefone tocou. Atendi perguntando logo quem era, ninguém me respondeu, perguntei novamente quem era, mas no outro lado da linha só se ouvia silêncio. Desliguei o telefone pelo simples fato de ninguém me responder. Novamente o telefone tocou, concerteza deve ser a mesma pessoa que ficou em silêncio na chamada anterior, mas mesmo assim atendi ao telefone. Perguntei quem era, uma voz falou suavemente.
- não te conheço, mas sempre te amei.
- quem está falando essa bobagem?
- nunca duvide, sempre acredite!
- duvidar, acreditar, do que você está falando?
- no amor que eu sinto por você, no carinho que quero lhe dar.
- mais nem lhe conheço. Como você se chama?
- meu nome vai ficar na curiosidade do seu pensamento.
- portanto, diga-me como você é fisicamente.
- bom, sou morena.
- só essa dica, mas...
- acho que sim.
- você liga para minha casa, diz que me ama, e ainda não quer falar como você é?
- não posso.
- por quê?
- ligarei em breve.
- não. Espera!
Naquele momento fiquei bastante confuso, de quem seria aquela voz? De uma coisa eu tinha certeza, era uma voz feminina. Quais seriam as intenções daquela mulher? Será que ela me ama? Ou será que era apenas um trote de mau gosto? Não sei, mas pretendo conhecer melhor aquela mulher. Ao passar dois dias esperando ansiosamente aquele telefonema, o telefone tocou. Será que é ela? Corri para atender.
- pronto.
- meu nome é Nayara. Estou disposta a tudo por você.
- nesse tempo que você não me ligou, fiquei desesperadamente ansioso pelo seu telefonema.
- eu sei. Estava ao seu lado nesse tempo todo.
- o quê você disse?
E de repente a ligação caiu, como ela estaria do meu lado? Será que é alguma alma penada querendo tirar minha paz? Aquela dúvida ficou no meu pensamento. Fiquei anos esperando novamente aquele telefonema. Mas aquela mulher, jamais ligou novamente.