De repente 80

Resumo:

No mundo de "De repente 80", a humanidade encontrou uma solução para a mortalidade e as doenças, mas a um custo ético profundo. As pessoas, ao completarem 80 anos, são obrigatoriamente transformadas em robôs através de um processo avançado de transferência de consciência. Esses robôs, chamados de PetEletrônicos, tornam-se uma espécie de companheiros para seus familiares, substituindo a presença humana por uma existência eletrônica.

Os PetEletrônicos são equipados com tecnologias de ponta, incluindo olhos com brilhos azuis que evidenciam a transferência de consciência, hologramas de memórias passadas projetadas nas paredes, e monitores exibindo gráficos complexos de atividades cerebrais e manutenção. A ideia inicial era evitar a dor da perda e manter a presença dos entes queridos para sempre.

Com o tempo, no entanto, os familiares começam a perceber que os PetEletrônicos são meras sombras do que um dia foram. As memórias compartilhadas transformam-se em ecos distantes, e a manutenção dos robôs torna-se um fardo. Assim, os PetEletrônicos, que outrora foram figuras amadas, são relegados a quartos fechados ou cantos esquecidos, simbolizando o abandono gradual dessas figuras eletrônicas.

Neste cenário, não existe morte nem doença. Mas o custo emocional de manter um PetEletrônico pesa sobre os humanos, bloqueando o fluxo natural do luto e da renovação emocional. Assim, "De repente 80" reflete os limites do controle tecnológico sobre a vida e a necessidade insubstituível de aceitar a transitoriedade da existência humana.

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De repente 80

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Em um futuro não muito distante, a humanidade finalmente encontrou uma solução para a mortalidade e as doenças. No entanto, com esse avanço veio a necessidade de um controle populacional rigoroso. Em "De repente 80", a distopia em que os idosos obrigatoriamente se transformam em robôs ao completarem 80 anos, a sociedade enfrenta dilemas éticos e emocionais profundos.

Ao atingir os 80 anos, cada pessoa passa por um processo tecnológico avançado de transferência de consciência. A alma humana, cheia de memórias e emoções, é transportada para um corpo robótico sofisticado, projetado para imitar as expressões e comportamentos humanos. Esses robôs, denominados "PetEletrônicos", tornam-se uma espécie de companhia eterna para seus familiares. Inicialmente, a ideia parecia uma bênção—a chance de evitar a dor da perda e manter a presença dos entes queridos para sempre.

Com o tempo, no entanto, a realidade começou a mostrar-se diferente. Os PetEletrônicos, apesar de possuírem a consciência de quem um dia foram, começaram a ser vistos como meras sombras do passado, objetos de um afeto que se transformou em nostalgia. As memórias e piadas compartilhadas, antes fontes de alegria, tornaram-se ecos distantes de uma vida que não pode ser revivida.

O custo emocional de manter um PetEletrônico começou a pesar. A energia elétrica e a manutenção necessária tornaram-se um fardo. Mais importante, os humanos perceberam que, ao tentar preservar algo inalterável, estavam bloqueando o fluxo natural do luto e da renovação emocional.

Com o passar dos anos, os PetEletrônicos, que outrora foram figuras amadas, passaram a ser relegados a quartos fechados ou cantos esquecidos. A presença robótica, outrora um símbolo de eterna companhia, tornou-se um lembrete doloroso do que foi perdido. Os familiares, buscando retomar suas vidas e emoções verdadeiras, começaram a desistir de seus robôs, deixando-os inativos e abandonados.

Assim, a distopia sem morte ou doença revelou-se uma prisão emocional, onde as pessoas enfrentam a difícil escolha entre a lembrança eterna e a liberdade de seguir em frente. "De repente 80" é um reflexo sombrio dos limites do controle tecnológico sobre a vida e a necessidade insubstituível de aceitar a transitoriedade da existência humana.

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Cenário:

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Imagine um quarto futurista com linhas limpas e minimalistas. No centro, um robô humanoide está sentado em uma cadeira simples. Seus olhos possuem um brilho azul suave, evidenciando a transferência de consciência. Cada detalhe do robô, desde as articulações até a textura da "pele" metálica, é uma maravilha da engenharia, refletindo a tentativa de replicar a humanidade perdida.

Ao redor do robô, nas paredes, estão hologramas de memórias passadas—imagens de momentos felizes com a família, projetadas como se fossem molduras digitais flutuando no ar. No canto do quarto, uma tela de monitor exibe gráficos complexos de atividades cerebrais e históricos de manutenção, destacando a interface homem-máquina.

Uma porta entreaberta mostra uma sala adjacente, escura e empoeirada, com outros robôs inativos, apoiados contra as paredes, simbolizando o abandono gradual dessas figuras eletrônicas. Fios e conectores espalhados pelo chão ilustram a necessidade constante de manutenção e energia, adicionando um toque de realismo ao cenário.

Waldryano
Enviado por Waldryano em 04/11/2024
Código do texto: T8189183
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