No limite do amanhã

O dia em que o mundo parou

Era uma manhã como qualquer outra. Pedro acordou, tomou seu café, pegou sua mochila e saiu para a escola. No caminho, ele viu as pessoas andando apressadas, os carros buzinando, os ônibus lotados. Tudo normal.

Mas quando ele chegou na escola, algo estava diferente. Não havia ninguém na entrada. Nenhum aluno, nenhum professor, nenhum funcionário. Pedro estranhou, mas pensou que talvez fosse algum feriado que ele não se lembrava. Ele resolveu entrar mesmo assim.

Ele caminhou pelos corredores vazios, procurando por alguém. Mas não encontrou ninguém. Nenhuma sala de aula estava aberta, nenhum sinal de vida. Pedro começou a ficar assustado. Será que ele estava sonhando? Será que ele tinha morrido?

Ele correu para a saída, mas a porta estava trancada. Ele tentou forçar, mas não adiantou. Ele gritou por socorro, mas ninguém respondeu. Ele estava preso.

Ele pegou seu celular e tentou ligar para sua mãe, mas não havia sinal. Ele tentou acessar a internet, mas não havia conexão. Ele tentou ligar o rádio, mas não havia transmissão. Ele estava isolado.

Ele se sentou no chão e começou a chorar. O que estava acontecendo? Onde estavam todos? O que ele ia fazer?

De repente, ele ouviu um barulho. Era um som metálico, como de uma máquina. Ele se levantou e olhou pela janela. Ele viu um enorme robô caminhando pela rua. O robô tinha uns dez metros de altura, quatro braços e uma cabeça sem rosto. Ele carregava uma arma gigante nas costas.

Pedro ficou paralisado de medo. O que era aquilo? De onde tinha vindo? O que queria?

O robô se aproximou da escola e parou em frente à porta. Ele apontou a arma para o prédio e disparou um raio vermelho. Pedro sentiu um calor intenso e uma dor insuportável. Ele caiu no chão e perdeu a consciência.

Ele acordou em uma cama branca, cercado por fios e tubos. Ele viu uma mulher de jaleco ao seu lado. Ela sorriu e disse:

- Olá, Pedro. Você está bem?

- Quem é você? Onde eu estou? O que aconteceu? - Pedro perguntou confuso.

- Eu sou a doutora Clara, sua médica. Você está no hospital. Você sofreu um acidente.

- Um acidente? Que acidente?

- Você foi atingido por um raio de energia de um robô invasor.

- Um robô invasor? Do que você está falando?

- Pedro, você não sabe? O mundo foi atacado por uma raça alienígena de máquinas assassinas. Eles chegaram há dois dias e começaram a destruir tudo e todos. Eles querem exterminar a humanidade.

- Mas... por quê?

- Nós não sabemos. Eles não se comunicam conosco. Eles só matam.

- E onde estão os outros? Minha mãe, meus amigos, as pessoas da escola?

- Eu sinto muito, Pedro. Mas você é o único sobrevivente da sua cidade.

Pedro ficou em choque. Ele não conseguia acreditar no que ouvia. Como era possível? Como tudo tinha mudado tão rápido? Como ele ia viver sem ninguém?

Ele começou a chorar novamente. A doutora Clara o abraçou e disse:

- Não se preocupe, Pedro. Você não está sozinho. Nós estamos aqui para te ajudar.

- Quem são vocês?

- Nós somos a resistência humana. Nós estamos lutando contra os robôs invasores.

- Lutando? Como?

- Nós temos armas secretas, bases subterrâneas, planos estratégicos.

- E vocês podem vencer?

- Nós temos esperança.

- E eu? O que eu posso fazer?

- Você pode se juntar a nós. Você pode ser um herói.

- Um herói?

- Sim, Pedro. Um herói. Você é o escolhido.

- O escolhido?

- Sim, Pedro. O escolhido. Você tem algo especial dentro de você. Algo que os robôs não têm. Algo que pode mudar o destino do mundo.

- O que é?

- O amor, Pedro. O amor.

Fim.

Waldryano
Enviado por Waldryano em 05/07/2023
Reeditado em 06/07/2023
Código do texto: T7829983
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.