O preço de um novo mundo

No vasto universo, além dos limites da nossa galáxia, um novo mundo foi descoberto. Ele se estendia por quilômetros além de qualquer coisa que já conhecíamos e se mostrava habitável, cheio de vida e potencialmente capaz de sustentar a vida humana. As sondas espaciais enviadas para explorá-lo descobriram que era necessário atravessar uma dobra no espaço-tempo para chegar até ele.

A exploração do novo mundo parecia impossível para a humanidade até que a tecnologia de realidade virtual avançou o suficiente para permitir que as pessoas experimentassem a vida lá sem nunca terem que deixar a Terra. Com o tempo, mais e mais pessoas aderiram à nova tecnologia, abandonando suas vidas mundanas para se juntar ao novo mundo virtual.

O governo, vendo o potencial dessa nova forma de vida, começou a financiar a construção de "cápsulas" para que as pessoas vivessem permanentemente na realidade virtual. Naquele mundo, a vida era fácil e sem limites, enquanto a vida real se tornava cada vez mais difícil.

No entanto, a crescente dependência da vida virtual começou a ter consequências terríveis. As pessoas perderam contato com a realidade e seus corpos se deterioraram à medida que passavam cada vez mais tempo nas cápsulas. A vida humana se tornou uma espécie de vegetal, presa em cápsulas e dependentes da tecnologia.

Eventualmente, uma nova equipe de cientistas descobriu uma maneira de enviar humanos ao novo mundo usando tecnologia de dobra de espaço-tempo. A descoberta foi emocionante, mas amarga, pois as pessoas eram incapazes de se adaptar à nova forma de vida. Elas haviam se tornado completamente dependentes da vida virtual e perderam a habilidade de lidar com a vida física.

A humanidade havia perdido seu contato com a realidade e se tornado uma espécie de máquina, dependente da tecnologia para a sua existência. A descoberta do novo mundo havia permitido que as pessoas experimentassem algo além de seus sonhos mais loucos, mas também havia resultado na perda da humanidade tal como a conhecíamos.