Mulheres livres

Um conto de ficção-científica onde mulheres após serem agredidas podem passar por um tratamento a fim de retornarem a serem belas.

O gênero textual é ficção científica hard subgênero, distopia. Utilizado os contos de aia como referência. O tom é de ironia. Ao final há leis contra violência a mulher vigente no Brasil.

Em um futuro distópico não muito distante, a violência contra as mulheres alcançou níveis alarmantes. Não havia um único dia em que não se ouvisse falar de uma mulher que havia sido agredida ou abusada. Mas havia uma solução, uma forma de tornar tudo isso menos doloroso. As mulheres agora tinham a opção de passar por um tratamento que as faria voltar a ser belas após serem agredidas.

A tecnologia era avançada e o processo era simples. Uma mulher poderia ser agredida, machucada e até mesmo desfigurada, mas bastava que ela passasse pelo tratamento e voltaria a ser a bela jovem que era antes. Aparentemente, as marcas da violência não seriam mais um problema.

No entanto, a verdade era muito mais sombria. O tratamento não apenas "consertava" as mulheres, mas também as transformava em robôs sem alma. Tudo o que elas conheciam e amavam era apagado, deixando para trás uma mera casca vazia e sem personalidade. As mulheres que passavam por esse processo eram agora meros objetos de decoração, um adereço para os homens que as possuíam.

Era uma sociedade horrível, mas a ironia era que muitos homens realmente acreditavam que esse tratamento era uma boa solução para a violência contra as mulheres. Afinal, eles poderiam agora ter uma mulher bonita em sua casa sem ter que lidar com as consequências da violência que haviam cometido.

As mulheres que se opunham a essa "solução" eram rapidamente silenciadas e consideradas "histericas". Mas havia uma pequena resistência, um grupo de mulheres que ainda lutava por sua liberdade e por um mundo onde a violência não fosse a resposta.

No Brasil, as leis contra a violência contra as mulheres eram muito claras e severas. A Lei Maria da Penha, por exemplo, prevê a prisão em flagrante do agressor, além de penas de até 3 anos de reclusão. Ainda assim, a violência contra as mulheres continuava a ser um problema, mesmo em um mundo com avanços tecnológicos incríveis.

Essa história é uma lembrança de que a beleza não é tudo, e que as mulheres merecem mais do que serem objetos vazios nas mãos de homens violentos. A luta contra a violência às mulheres é um problema real e presente, mas a resistência e a luta ainda são possíveis.

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Maria da Penha Maia Fernandes (Fortaleza, 1 de fevereiro de 1945) é uma ativista do direito das mulheres e farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor fosse condenado. Maria da Penha tem três filhas e hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.

Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome: a Lei Maria da Penha, importante ferramenta legislativa no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil.

É fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica contra a mulher.

Maria da Penha foi privilegiada com a indicação no programa "Os Cem Maiores Brasileiros de Todos os Tempos"

Em 1983, seu marido, o economista e professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, atirou simulando um assalto; na segunda, tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho. Por conta das agressões sofridas. Penha ficou paraplégica. Dezenove anos depois, no mês de outubro de 2002, quando faltavam apenas seis meses para a prescrição do crime, seu agressor foi condenado: Heredia foi preso e cumpriu apenas dois anos (um terço) da pena a que fora condenado; foi solto em 2004, estando hoje livre.

O episódio chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) sido considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará.

A lei reconhece a gravidade dos casos de violência doméstica e retira dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor potencial ofensivo) a competência para julgá-los. Em artigo publicado em 2003, a advogada Carmem Campos apontava os vários déficits desta prática jurídica, que, geralmente, gerava arquivamento massivo dos processos, insatisfação das vítimas e banalização da violência doméstica.

Em setembro de 2016, Maria da Penha foi indicada para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz.

Waldryano
Enviado por Waldryano em 26/03/2023
Reeditado em 27/03/2023
Código do texto: T7749291
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