Erro na matrix
Sou um Senhor de idade, e como o tal, tenho as minhas manias, por exemplo. Gosto de tomar uma xícara de café todos os dias, no mesmo café, na mesma hora e no mesmo lugar. Já é uma tradição, e deste modo, estou há dois anos.
De segunda a Sexta feira as 17:07 estarei no meu Café preferido. O café? Um expresso encorpado, a xícara branca, com um pires, coloco um sache de açúcar. E sinto o aroma no ar.
Neste horário posso desfrutar de uma calmaria, pois depois das 18 horas há aquela movimentação natural, alguns indo estudar, outros voltando do trabalho. O meu momento 17:07 é fantástico e só meu.
Todavia intrépido leitor, possuo uma rotina bem estabelecida e também exerço o caminho até o meu local de desprendimento, de modo rígido, entenda, preciso disto. E já compreendi que sou assim cheio de manias.
Tudo começa as 16:30 horas, desligo o rádio, e vou ao banho. 16:45 horas no meu cronograma diário estou trocado. Gosto de passar uma loção pós barba. Gosto de usar a minha boina e após coloca-la deixo a chave da casa embaixo do tapete da frente.
Começo o meu caminhar, duas quadras até o meu local habitual, confesso que consigo acompanhar até a rotina dos pardais, do vento, dos vizinhos, da padaria na esquina onde surge uma certa concorrência. E o meu alvo diário: – Minha cafeteria, onde tomarei o meu café sentado na mesinha a frente, observando o movimento e o fim da tarde.
Sabe leitor, acredite, eu não uso óculos, apesar de não ser de mais de tenra idade, eu não preciso. E também não faço uso de remédios, afinal a minha vida é saudável. Eu me permito isto. Então; o que acontece nestes dias é muito estranho. Causo de relato, seja o meu cumplice nesta. Estou enlouquecendo.
Ao olhar para o céu ontem, de um azul bastante forte, vi algo estranho, como se um verde tênue surgisse. Confesso que já tinha visto antes e foi sutil, ontem foi bem aparente. Olhei para o lado e para as outras pessoas. Eu observei era somente eu a ver aquele evento. Abaixei-me para amarrar os meus sapatos e voltei a ver a cena: Foi rápido e foi muito real.
Também consegui observar de modo bastante estranho o sumir de uma pessoa e o aparecer novamente. Era bem evidente, ela sumia e voltava a aparecer. Esfreguei os olhos, isto foi ontem de ontem e foi as 17:00horas antes de entrar no café.
Outro dia o café mudou de cor, de modo incompreensível, e não sentia o gosto tão característico: Era gosto de água. Confesso que até mesmo pensei em não seguir a minha rotina. Entretanto não consigo, e deduzo que devo descansar e mudar meus hábitos, pode ser que esteja ficando louco. "Mas sei que não estou!" O que vejo atualmente não é o que realmente é.
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Meus contos atuais são só conceituais de ideias que me vem na cabeça, uma liberdade criativa, rápida de enredos. Numa primeira escrita deixo as ideias fluírem sem pudores gramaticais, todavia, depois volto corrigir erros de português, ampliar o enredo. Entendam, não tenho a obrigação de ser perfeito, coeso, coerente e longínquo ao ato de escrever.
Escrever é uma terapia eu permito-me testar e escrever o que bem entender.
Compreendo que um conto ou escrito necessita de uma sequencia lógica, e também observo que muitos se ofendem de deixar um conto no ato do plot. Atento para tudo isto, entretanto, sei do meu momento, e voltar a escrever trás tantos medos e anseios, acho o ato sagrado. É o que eu posso entregar.
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Waldryano.