Efeito Borboleta
Nossa sociedade é assim: Na nossa colônia, que é separado do restante comum através de uma imensa redoma de vidro, somos cercados por borboletas. É comum ao nosso dia a dia borboletas. E a elas é permitido estarem em todos os lugares. Nada que eu possa fazer no meu dia passa despercebido por elas. É o efeito borboleta.
Todos são acostumados com as borboletas: – Eu não. Ainda bem que a estes insetos desprezíveis, não conseguem acessar as minhas memórias. E graças a Deus ainda nos é permitido pensar. Há relatos que em outras colônias até mesmo os pensamentos são cerceados.
Mas eu tento de todos os modos conseguir algum lugar onde exista pontos cegos. Afinal eu quero privacidade. E já me sinto exausto e com tédio. A interferência e o trabalhar sem descanso me faz refém deste lugar.
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Meus contos atuais são só conceituais de ideias que me vem na cabeça, uma liberdade criativa, rápida de enredos. Numa primeira escrita deixo as ideias fluírem sem pudores gramaticais, todavia, depois volto corrigir erros de português, ampliar o enredo. Entendam, não tenho a obrigação de ser perfeito, coeso, coerente e longínquo ao ato de escrever.
Escrever é uma terapia eu permito-me testar e escrever o que bem entender.
Compreendo que um conto ou escrito necessita de uma sequencia lógica, e também observo que muitos se ofendem de deixar um conto no ato do plot. Atento para tudo isto, entretanto, sei do meu momento, e voltar a escrever trás tantos medos e anseios, acho o ato sagrado. É o que eu posso entregar.
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Waldryano.