Amigo cão
Quando ganhei o meu cachorrinho, não dava nada por ele, afinal, vira-lata da ninhada o último, veio magro todo cheio de doenças, e chorava aos montes. Era um desespero, eu um garotinho precisando cuidar de um animalzinho, pois quis, assumi, logo precisava aprender a linguagem do cão. Tornou-se amigo. Comecei a estudar.
E pensei...
"Seria o meu amigo Totó um comunicador nato?"
Pensando deste modo comecei a compreender melhor a linguagem do cão, o latido, os grunhir, a maneira que abanava o rabo. Tudo cataloguei, e foi bastante demorado. A ideia era: Criar um mecanismo onde poderia decodificar para a linguagem humana a linguagem do cão.
O Totó foi a minha obsessão, ninguém compreendia cada vez que fazia filmagens, depois modelagens dos exemplos, para enfim alimentar uma nuvem com toda a informação. O computador fazia a decodificação de todos os movimentos e modos cujo o qual o animal se comunicava comigo.
Acredite, tal como a matemática, tinha uma certa lógica em tudo o que o Totó fazia. E pense: Um padrão comum.
No primeiro momento foi ele o objeto de um experimento, de uma vida, de um modo obsessivo que fiz o meu doutorado. "Comunicação canina", confesso que ouvi muitos: "Au,Au" quando apresentei. Ninguém dava muito atenção ao meu projeto. Até que então o milagre aconteceu.
"Doutor Rogério é você?" A ligação num fim de tarde, aquelas tardes onde a gente quer apagar tudo e voltar a viver. Uma Senhora e milionária, quiçá bilionária, marcou comigo e disse assim: "Pago o quanto for" Queria ela ver o projeto funcionar e dar certo. Um anjo, e é claro que ela tinha atrelada a sua existência uma história com um cãozinho de estimação.
Por menores a parte o projeto saiu.
Simples; um comunicador neural seria transplantado na têmpora, e estaria mandando informações diretamente na retina. E quando acionado poderia fazer a comunicação entre o animal e o dono. Era bastante arcaico no começo e a comunicação se dava por gestos. Mas com o tempo a IA estaria adaptando o dono ao animal, e a comunicação seria mais efetiva. Uma revolução. Sobre o meu amigo cão. Totó morreu ano passado de velhice, chegou aos 20 anos pense? Todavia, através dele, muitos donos podem se comunicar com o seu melhor amigo. O cão.
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Meus contos atuais são só conceituais de ideias que me vem na cabeça, uma liberdade criativa, rápida de enredos. Numa primeira escrita deixo as ideias fluírem sem pudores gramaticais, todavia, depois volto corrigir erros de português, ampliar o enredo. Entendam, não tenho a obrigação de ser perfeito, coeso, coerente e longínquo ao ato de escrever.
Escrever é uma terapia eu permito-me testar e escrever o que bem entender.
Compreendo que um conto ou escrito necessita de uma sequencia lógica, e também observo que muitos se ofendem de deixar um conto no ato do plot. Atento para tudo isto, entretanto, sei do meu momento, e voltar a escrever trás tantos medos e anseios, acho o ato sagrado. É o que eu posso entregar.
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Waldryano.