03. ILHA DO TREMOR - ENCHENTE NO NAVIO
ENCHENTE NO NAVIO
O capitão estava na proa do navio meditando sobre os acontecimentos, quando de repente surge um pirata.
- Capitão Malcon, capitão Malcon está entrando água no navio – O capitão se lembrou “Preste atenção no casco do navio” e disse.
- Presta atenção no casco.
- Sim, Capitão Malcon, bem provável que a água esteja entrando pelo casco do navio.
No casco do navio, o baú não estava preso, de tanto ficar arrastando na base de um lado para outro, acabou surgindo um furo no casco do navio, fazendo com que a água começasse a entrar pelo casco. A medida que a água entrava pelo casco, o navio afundava lentamente. O piso do navio é feito de sarrafos de madeira, com a pressão da água os pregos começavam a se desprender, fazendo com que surgissem vários buracos no piso, dando para ver o fundo do casco do navio enchendo de água.
O capitão Malcon pulou para dentro do casco a procura do baú. Todos os homens do navio vendo a atitude do capitão começaram a tirar a água do navio com os próprios trapos que servia para proteger do frio, humedecia os trapos, passavam de mão em mão e torciam no mar. O capitão vendo a iniciativa dos piratas gritou.
- Usem a vela mestra.
Rapidamente os piratas subiram no mastro do navio e tiraram a vela mestra que estava presa. Desceram o tecido que serve como navegação do navio que seu tamanho era três vezes mais que o tamanho do navio.
Com muita agilidade os piratas com a vela mestra, tirando a água do navio com mais rapidez, onde foi possível localizar o baú e o vazamento que vinha do casco. O capitão pensava em alguma solução para consertar o vazamento que vinha do casco, se lamentava bastante por que não pensou antes na frase “Preste atenção no casco do navio”.
Pegaram o baú e colocaram no piso de madeira do navio. O baú estava bem lacrado, faziam de tudo para tentar abrir, o baú era feito de madeira envolvia com várias chapas de metal e tinha um cadeado muito grosso que mesmo com várias sarrafadas não era possível de abrir.
O capitão se lembrou que dias anteriores tinha encontrou uma chave na torre, local onde serve como seu escritório atualmente, batizado pelos piratas de ninho da torre. O Capitão correu imediatamente para pega-la, subiu na escada marinheiro ofegante a passos largos nos degraus. Chegou em seu escritório que servia com base que por sinal estava uma verdadeira bagunça. Em quanto isso o navio voltava a afundar lentamente, os piratas já estavam cansados de tanto ficar tirando água do navio. Do ninho da torre, o Capitão corria para tentar encontrar a chave, da janela observou os piratas pararem de tirar água do navio, correu imediatamente até o guarda corpo que fica no topo da torre próximo do escritório e gritou.
- Não parem de tirar água do navio, senão fizermos isso não teremos lugar para dormir esta noite – Os piratas imediatamente voltaram a tirar água do navio. Para piorar a situação, raios de trovões começavam a surgir pelo céu, a tempestade se aproximava e uma grande ventania balançava o navio fazendo com que se afundasse mais de pressa. O mar começava a ficar agitado o navio subia e descia causando um grande impacto, neste momento já era impossível de controlar a situação. Os piratas disseram.
- Vamos morrer.
- Alguém precisa fazer alguma coisa.
Logo depois com muita pressa o capitão Malcon jogou a chave da torre para um pirata pegar. O capitão desce da torre. O pirata com o coração acelerado e sua mão tremula que mal conseguia acertar a chave no cadeado. De repente se escuta “CLECK”. Os piratas olham com cara de espanto. O capitão Malcon se depara com várias bugigangas, começa a jogar todas elas para o alto, a intensão de encontrar algo que pudesse minimizar o vazamento do navio. Encontrou uma fita adesiva multiuso que foi utilizada na construção do navio, semelhante a que estava no casco. O capitão disse.
- É isso que vai nos salvar.
- Um rolo vai nos salvar – Os piratas davam risada.
Prontamente o capitão Malcon pulou para dentro do casco do navio e começou a fazer os remendos para minimizando o vazamento. Os raios de trovões e o vento forte que se preparava para uma grande tempestade se afastou rapidamente, indo para o sentido sul. Os piratas ficaram felizes, o furo no casco do navio foi consertado pelo capitão.
Em seguida o capitão dá ordens aos piratas.
- Teremos muito trabalho esta noite – Os piratas passam a reclamar.
- Trabalhamos muito esvaziando o navio, não temos energias suficiente com o senhor dando tantas ordens.
- Piratas, me escutem, o navio não afundou, ainda temos uma moradia. Este dia vai entrar para história, a família pirata não morreu, gastaremos até o último suor para reconquistar a cidade de Olfines.
Todos os piratas concordaram com o capitão e passaram a trabalhar na recuperação do navio. O capitão ficava pensando.
- Sou muito bom em dar ordens, nasci para isso – Dá uma risadinha, olha para o baú – E... outra coisa, quero que levem o baú para torre – apontando com o dedo indicador – Lá em cima – Solta um grito – agora.
Uma correria generalizada começou no navio, todos se mexem para atender a ordem do capitão, o navio balança de um lado para outro.