Dragões- A Saga de Jugenot
Conto
Dragões- A Saga de Jugenot
A milhões de anos, bem antes da queda do meteoro que destruiria os dinossauros sobre a Terra, existia na Lua uma vida repleta de coníferas gigantes e rios de águas transparentes, assim como pássaros exóticos e várias formas de criaturas inteligentes; - embora bem menor do que a Terra, as condições de vida eram semelhantes. Havia uma população de dragões parecidos aos humanos em relação às emoções, sentimentos, e discernimento.
No período áureo da civilização lunar, houvera um grande reinado sob o comando de Jugenot, um dos poucos dragões alados que habitavam a Lua, de origem venusiana. Ele fora enviado para reinar sobre os nativos que viviam sobre a superfície lunar, e quanto a estes, não eram alados, mas havia outras espécies vivendo sob mares, eram independentes e solitários, possuíam nadadeira e corpos de serpentes, e também um outro grupo habitando as galerias subterrâneas: lagartos rastejantes com enormes garras, andavam em bandos, e de índole pouco confiável, mas na grande maioria dos povos da Lua, eram os moradores das vilas circunvizinhas ao castelo. Possuíam a aparência quase humana, se não fossem suas couraças, sobre as partes posteriores do corpo. Chamavam-se entre eles de Adanotes, mais socializados que os outros, preferidos do rei.
Da Terra, via-se a magnífica Lua, e ao entrar em sua fase cheia, brilhava intensamente com todo seu colorido inspirando seus habitantes: - humanos de aparência física greco-romana, mantinham tais proporções gigantescas em relação ao nosso homo sapiens.
O reinado da Terra estava nas mãos de Athom, um ex. general de guerra que por méritos e bravura recebera dos dragões venusianos a coroa real, - Athom mantinha um reinado estável e duradouro. Contemporâneos dos dinossauros, construíram armaduras e armamentos projetados para se protegerem dos ataques dos ferozes predadores, embora quase todos fossem dinossauros, nada tinham a ver intelectualmente com os dragões da Lua.
Ambos os reis, tanto da Lua e da Terra mantinham uma comunicação telepática, e trocavam informação. Sempre viveram de forma harmônica, mas logo a hostilidade estaria prestes a acontecer.
Numa noite um grupo de feiticeiros, comandados por Luxthom, conselheiro do rei Athom, se reuniram na densa mata cicundada pelo castelo, a fim de intervirem no destino desses dois mundos. O calcanhar de Aquiles da Terra era seu clima estar diretamente ligado ao estado de humor de Jugenot, e se conseguissem alterar o estado emocional do rei da Lua, afetariam também a Athom, e então Luxtrom o convenceria a retornar o projeto: Raio da Morte, e começariam a destruição da Lua, interrompendo sua influência sobre a Terra, provocando tsunamis e tornados, além das erupções vulcânicas.
Luxtrom, naquela noite realizaria um ritual para lá de macabro. Vestido com uma túnica negra, e capuz vermelho tinto, - ele usava esse traje quando os rituais eram para invocar seus desejos mais sordidos e sombrios. Com um número de nove ritualistas, sendo que, pelo menos três faziam parte do conselho. - Isso tudo sem que súditos leais ligados ao rei soubessem,
continua...