Dica de Filme
Rodado em pequenas crônicas, o filme: A evolução inicia-se no lar da classe Me(r)dia, escrito pelo diretor Lucius Estúpidus Conceitualmente, conhecido na Grécia por LEC, retrata cenas nada cotidianas, as quais o protótipo de um minúsculo Cão de duas patas que arreganham, ferozmente, os dentes e ao mesmo tempo é humano, puxa uma longa gravata de aço inoxidável amarrada ao pescoço de um gigante que aparentemente é pacífico, mas às furtivas é bronco, ignorante, desonesto e corrupto, que caminha sobre quatro patas, ou de gatinhas, nos labirintos ladeados pelos arranha céu. Supõe-se e as suposições superam a ficção, que os papéis se inverteram na relação familiar entre as duas espécies animais; pois quem era animal irracional puxado e guiado, passou a ser o puxador e guia do animal racional. Com essa reflexão futurista e que, fatalmente será estudada pela ciência, inicia o filme. Incrédulo e embasbacado, quem via a cena, dizia: "bem vindo, bem vindo ao futuro! Venham ver, saiam de suas casas e venham prestigiar o cientificismo que desfilará nas passarelas do futuro!"
Aparentemente comédia, o filme mostra o que pode ser o futuro entre cães e homens; e ao transitar pelos grandes centros das cidades, acompanhados de perto pelo capataz que pelo seu tamanho e inteligência, carrega um saco de lixo para recolher as fezes, um garrafão de água e um saco de fubá, o senhor Cão impõe ao humanóide, ficar de pé sobre as duas patas traseiras e tirar com cuidado o pênis da calça para não prender a pele da glande no zíper e mijar em lugares destinados, exclusivamente, para as necessidades fisiológicas e não com as patas erguidas em postes, muros, casas, corpo de transeuntes de mesma espécie, etc. A continuar com a falta de respeito exacerbada pelo espaço público, em breve os egrégios parlamentares criarão um lei proibindo mijar e defecar nas árvores, espaços públicos e pés de animais de mesma espécie.
Ao defecar, em vez de arrastar o rabo na terra, limpar o ânus com papel higiênico para retirar os grãozinhos de merda que ficam enrolados nos cabelos encaracolados que servem de proteção para o ânus. Jogar o lixo, os restos e sobras não recicláveis no lixo. Tomar banho todos os dias. Em outra cena oportuna, ensina a socialização e quebra do paradigma de um cheirar o toba do outro, cuja finalidade é reconhecer qual fiofó é de quem.
Sobre esse detalhe entre os caninos, está escrito nos anais sobre a espécie, que em tempos perdidos, nos tempos que amarravam-se cães com linguiça, os ânus dos cães não podiam ter contato com água, o que poderia causar-lhes sérias complicações de enrugamento, tamanho e doenças contagiosas.
As páginas 991 até 999 do tomo 1 dos anais caninos relatam que a espécie ao tomar banho para ir à festa no céu, ouviu caçadores atirando a torto e a direito não muito longe do lago em que banhavam. Estampido para todos os lados. Pior que os tiroteios nos morros do Rio de Janeiro. Assustados, os animais saíram da água e cada um pegou um ânus, enroscou de qualquer jeito na parte na traseira do corpo e bateram em retirada. Sumiram em instantes; acarretando a problemática tormentosa que os persegue até os dias de hoje, que é não saberem ao certo o fiofó um do outro. E o pior, não normatização técnica: ABNT; NBR, ou outra, que dê solução ao impasse, denominado Cheira Toba, gerado entre a espécie.
Recomendado pelos críticos de cinema, o filme, além de divertido e atual, pode ser entendido como revoluções sócios educativas na relação entre as duas espécies. A estréia acontece em todos os lares de casarões e palafitas de favelas, desde o momento que os moradores lavam a cara debaixo do fio de água da bica de água suja, até o instante que precede a trepada, cuja finalidade é procriar a renovação da espécie em nome do "Ide, fecundai, prosperai e enchei a Terra", escrito em Gênesis, primeiro capítulo da Bíblia.