A Batalha

Um dia disseram que o caos chegaria, parece evidente que esse dia chegou. Espécies de naves se aproximam, sua coloração preta indica um padrão. Passageiros com trajes blindados e capacetes, portam armas. Começa o ataque. Surgem em diversos pontos. A base foi cercada, mas os que estão nela resistem com coragem. Tiros são disparados, pessoas lutam ferozmente contra os inimigos. Algo a mais está acontecendo.

Infiltrado no prédio tomado pelos agressores, um homem caminha solitário, se esgueirando por corredores. Chega a uma espécie de linha de produção, se assustando. Ali não existem máquinas, mais pessoas, tendo partes do corpo substituídas por espécies de próteses robóticas que são implantadas forçadamente. Encontra uma vítima ainda lúcida, que pede ajuda. Enrola o sujeito que só a cabeça era humana, com um pedaço de lona que encontra e saem em disparada. Os sentinelas vão ao encalço. Golpeia dois com socos e chutes e conseguem entrar junto com o prisioneiro no elevador. Estão descendo até o nível mais baixo. Interrompe e aperta o sexto andar.

Quando a porta abre, mais soldados. Sai com fúria e rapidez. Acertando goles que despedaçam capacetes e conseguem desviar dos disparos. Chegando até a plataforma de lançamento. Onde dentro de uma nave estão dois companheiros. Grita para que vejam. Despe o prisioneiro, deixando-os chocados, ao se depararem com aquela visão, um sujeito calco com cabeça humana e aquele corpo todo robótico, ainda desengonçado. A vítima entra no veículo e seguem com fúria para contatar aliados e informar a real situação. Quando o salvador lhes avisa que vira outros robóticos, mas que já estavam implantados. Parece que esse tipo de implante já havia sendo realizado há tempos atrás sem que nos déssemos conta. Não era possível saber quantos e quem eram os implantados que habitavam entre eles. A espécie estava ameaçada.

Recebera a notícia de que sua avó estava acamada. Foi conduzido ao hospital. Após a dramática visita, e dirigiu ao apartamento próximo onde a família habitava. Ainda com os pensamentos acerca de tudo que estava acontecendo, encontrou uma mulher quase nua, roupas rasgadas e ferida. A levou para dentro da casa da vítima, que estava escancarada e bagunçada. A senhora que estava na porta vizinha, comentou que haviam sido as feras que estavam por toda parte. O homem disse que já as estava enfrentando, que não temessem. Foi alertado de que uma das eras estava habitando no apartamento da moça que encontrara. Resolveu aguardar.

Escondido no quarto em meio a roupas lançadas por todo lado, viu aproximação de uma sombra. A vítima ainda desacordada no outro cômodo. A vizinha se escondera com um bater de porta. Causado pelo pânico da visão da besta. Esperou a fera se aproximar, se armou com um ferro de passar roupas e investiu contra, após deixar o objeto ligado para que esquentasse bastante. Desferiu vários golpes, aproveitando um curto e incendiando roupas e o lugar, marcando com o quente instrumento a pele do animal que olhava com raiva. Uma espécie de lobo que caminhava sobre duas patas com pelagem negra, que fugiu daquele cenário. Enquanto nos braços resgatou a mulher das chamas, que já começava a recobrar os sentidos, abrigando-a na casa da vizinha.

Saiu em disparada por uma trilha, se deparando com a visão de uma imensa alcatéia se formando. Voltou rápido ao hospital. Encontrou o pai em lágrimas, pedindo que visitasse por mais uma vez a avó. Dizendo que foi tolice ter enfrentado a fera, como tomara conhecimento. Nesse instante a besta aparece de quatro na porta de saída, olhando para eles de forma tenebrosa. O filha chama o pai para a outra sala, diz que irá visitar a avó, mas que não acredita que tenha agido errado, pois em certas situações é preciso combater fogo com fogo. Voltando para o cômodo inicial e devolvendo olhar de fúria para a besta, em um duelo ótico que fez sumir tudo em volta deles, restando apenas a rivalidade entre ambos.