MIDNIGHT

Midnight

E ele se levantou novamente, sorriu e retirou o pijama

Vestindo um curto shorts caramelo com listras brancas

Que lembravam um jogador de bocha em meados de 1960

Sentiu um forte soco dentro de seu estomago

Como se estivesse sendo esbofeteado dentro de seu estomago

Ate tentou sorrir para o espelho, mas sua dor era digna de se deixar jazir em pleno domingo de folga

Midnight, sustentou sua dor com aspirinas e um gole quase que faltal de vodka engarrafada em P.V.C

Sentando no sofá, deu play em everbody hurts, chorou e lamentou solitario.

Tentou o levantar-se, mas as lagrimas eram pesadas demais para que pudesse faze-lo

Os olhos foram fechando lentamente, uma leve e saudosa brisa tomou conta de sua alma

Sentiu seus pesadelos se aproximarem, sentiu medo em cair no sono

Logo, presenciou sem poder tocar, o amor que deixou escapar dias antes, logo lagrimas transformara-se em cacos de vidros

Novamente o sino que estralava em seu estomago o despertou por dois segundos, pode então ouvir os gritos das crianças brincando na chuva

Sem querer sorriu brevemente, mas lembrou-se que sorrir cortava-lhe a alma

Pode sentir o sorriso lhe cortar os pulsos

Pode ouvir o som calmo de cada gota de sangue que estalava na ceramica amarelo-carvão

Midnight, tentou levantar os braços, mas a ferida era como duas bigornas em seus pulsos sorridentes e vermelhos.

Ao som da alegria das crianças dançando meio a garoa fina, sorriu e sentiu a alma esvaziar o corpo cansado, everybody hurts velava teu sonho.

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 24/04/2008
Código do texto: T959350
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