O dia de Divalet

Era uma vez na floresta encantada de Adel-Larven, moravam três “Panboll” responsáveis pela manutenção da primavera, seus nomes eram Val, Di, Ete.

A magia das três Panboll guardiãs da primavera encantava os peregrinos que atravessavam a floresta, a musica que fluía de “Di” levava as viajantes e por um labirinto invisível e eles se perdiam numa volúpia infinita e nunca mais eram vistos.

Placas sinalizavam os lugares perigosos na floresta, envolta das fogueiras contavam-se histórias sobre a floresta mágica, mesmo assim todo início de primavera mais seres comuns se perdiam, eram devorados pela floresta.

Havia historias terríveis de como os seres comuns depois de serem encantados criavam raízes e galhos e antes que terminasse a estação, eram totalmente transformados em arvores, diante do terror estabelecido entre os habitantes foi estabelecida uma lei que tornava a floresta proibida. Na manhã do dia seguinte a aprovação da lei, cinco seres comuns que moravam nas proximidades da floresta desapareceram, suas esposas relataram que o vento trouxe um perfume da floresta, o perfume delicioso de mil rosas, isso enlouqueceu os que moravam nas redondezas que hipnotizados deixaram seu trabalho matutino e corriam floresta a dentro, ambos pronunciavam freneticamente o nome de “Val”, o que levou suas esposas acreditarem que estavam sobre a ação de outro ser mágico da floresta.

O conselheiro imperial responsável pela região de Adel-Larven decretou mais uma lei que proibia que qualquer habitante de Lev-Land se aproximar a menos de quinhentos metros da floresta. A calmaria reinou durante o período de ano.

Na madruga da primavera, um ano depois de decretado a lei do afastamento, foram vistas mulheres saindo da floresta, testemunhas oculares as descreveram como seres velozes de compridos cabelos carmesins e de pele branca como a alva, que adentraram num vilarejo e sequestraram a todos os habitantes, deixando pra trás apenas as marcas de fogo de seu toque, num dos portais do vilarejo via-se nitidamente a marca de uma mão espalmada com o nome de “Ete” escrito no centro.

O incidente ganhou grandes proporções a ponto do conselho imperial se reunir em Leal-Dorf e decidir caçar e julgar as Panboll guardiãs da primavera,como não era da natureza dos seres originais fugirem do juízo,eles se apresentaram e foram julgados por seus crimes. O conselho deliberou por uma estação e no final foi decidido que a sorte dos três seres da floresta estaria nas mãos das Iriden, que elas deveriam escolher a punição pelos crimes cometidos em Adel-Larven.

A Iriden-Baurium usou o poder de suas marcas do destino para transformar as três rés no único bulbo de tulipa:

- Esse bulbo será plantado no lugar mais inacessível de Lev-Land, dentro do período de uma estação ele irá brotar e não demorara muito para que seja uma flor madura e na sua solidão ninguém verá sua grande beleza, seu perfume delirante ninguém sentira, a música crepitante do vento ao nela tocar nunca passara dos muros da fortaleza de Nolor-Nil, como flor eterna, serás chamada a partir de hoje não mais por seus nomes de Di, Val e Ete, mas apenas a flor dos muros da escuridão, DIVALETE.