O nascimento
A dona pata teve todo o cuidado de fazer o ninho, para a proteção dos filhotes o fez no tronco de uma velha árvore, bem no alto onde os predadores teriam dificuldade de alcançar. Foram 5 grandes ovos que foram colocados com carinho naquele ninho lá no alto. A pata deixou-os aquecido por muitas noites. E a eclosão começou um a um nasceu os patinhos. Ela ficou feliz da vida com a sua ninhada de patos. Assim que todos os patinhos esticaram as patinhas era a grande hora da vida: A da coragem.
— Quem vai primeiro?
Fizeram um qua-qua olharam para frente e o primeiro salto se fez.
A mãe de longe olhava para seus filhos esperando-os na lagoa ao lado. Ela não poderia fazer nada a não ser um qua-qua pra avisar o caminho.
O Salto foi longo e logo amortecido pelas folhas das árvores que estrategicamente estavam depositadas naquele local pela sábia mãe natureza. Os irmãos olharam o corajoso, o sangue corria nas penas eles sabiam que era preciso sair logo, do conforto daquele ninho. O irmão lá embaixo se mexeu, escutou o qua-qua da mãe pata e correu em baixo das asas dela. Ele tinha feito o ato de coragem pra vida. De modo estranho um e o outro caiam. Aprendendo rápido, cair de peito para se proteger e amortecer o impacto. A dor era imensa, mas logo se aqueciam e esqueciam dela, a perspectiva de ir para o lago era o motivo de tanta coragem e vontade de pular de um lugar tão alto.
Ficou um patinho. Não tinha coragem. A altura lhe dava vertigens, e os qua-quas eram desesperantes. Os irmãos gritavam lá de baixo:
— Venha logo, precisamos aprender a nadar e tantas outras coisas, Venha logo!
Ele chorava lá em cima, querendo ficar no ninho era mais confortável. A pata deixou seus patinhos (não deveria, pois era perigoso) e voou de volta para cima, repreendendo o covarde que só chorava.
— Vamos? Não é aqui o nosso lugar, devemos liberar este ninho pra outro animal, precisamos correr para pegar alimento.
Deu-lhe umas bicadas, o filhote de pato, voltou para o ninho viu a casca do ovo e correu e entrou dentro dele. Queria aquele conforto.
Entrando novamente no ovo . Sentiu o vazio do silêncio. O grilo fazia lhe valer, ele sentiu que estava só.
Saiu mais uma vez, olhou para baixo. A mãe pata e os irmãos saíram o deixaram para trás. Ele precisava tomar uma decisão. Estava ficando de noite, e a coragem estava lhe vindo forte, iria saltar. Saltou.
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