Feliz 2017
No Brasil, especificamente em São Paulo, já é ano novo; acabaram as festas. Paulistas e paulistanos, tirem as sapatilhas de cinderela, brindem a taça cheia de suor do trabalho. A taça que enobrece, prospera e mantém o circo em pé. E aí em seu país, digo nas praias, nas redes estendidas entre os coqueiros, nas casas de campo, nos apartamentos, nos shoppings, nas resenhas familiares, no Rio de Janeiro, em Brasília, no Norte, Nordeste e países afins, tudo como a vida do povo: indolente pelo velho, nada de novo?
Depois das festas, comemorações e orgias, sobraram alegorias queimadas, cabelos desgrenhados, o brilho da purpurina e miçangas grudadas em corpos suados e opacos, e a bagunça das louças sujas. Tudo é cinza, obscuro, negro, na quarta feira de cinzas; dia que chega mais tarde, talvez até no início de outro ciclo, em outros países do mesmo continente.