OS COMETAS, O MENINO E O VELHO AUGUSTO.

VIAJORES DAS ESTRELAS

O velho Augusto, elevou-se a cabeça a frente, assim como se fosse afirmar respondendo alguma indagação, fincou a bengala no chão umas duas ou três vezes.

- Olha aqui rapazinho, este cometa que você está me perguntando, eu já presenciei muitas vezes, já vivi o suficiente para ver estes fenômenos astrais, este último eu vi bem ali naquele lugarzinho do céu onde se encontra aquela constelação de nome sagitário, tá vendo lá.

Apontando com a bengala mirou bem naquela estrela que parecia estar na parte mais visível da via láctea,...

- Ele era muito bonito, só você vendo. Levantei-me de madrugada naquela noite clara, nem só a lua iluminava nos aqui nesta sua terra, mas; as estrelas também auxiliava com seus brilhos, resplandecente de mais. Quando olhei para as estrelas olha lá que enxerguei, uma estrela muito forte e tinha uma cauda enorme, ai foi que cai na real, aquele era um cometa, isso aconteceu lá no começo dos anos setenta foi uma formosura um espetáculo no céu.

- Vovô, onde os cometas mora, eles só passa por aqui para fazer um passeio e depois ele vai logo embora, eu nunca vi um cometa, depois que nasci ainda não apareceu nenhum, quando vou ver um cometa?

- Olhe preste atenção meu netinho, os cometas são uns bichos muito ariscos, eu tenho conhecimento disto.

O menino anotava tudo em sua prancheta de material escolar, suas palavras escritas descreviam todas as narrativas de seu avô, ele fazia uma matéria das mais perfeita para um aluno dos primeiros anos do ensino médio, se preparando para entrar na faculdade.



- Se eu lhe contar um segredo você não fala para ninguém?... Se você me prometer que não falara a ninguém eu vou te contar uma coisa que você vai ficar muito surpreso, mas não é para ficar anotado nesta reportagem de trabalho de escola, assunto de avô e neto, pode ser assim?

-Sim, pode ser, mas diga logo.

O velho Augusto foi muito insistente com seu netinho exigindo fidelidade e segredo dizendo e tornando socar a bengala por umas três vezes no chão, abriu bem aqueles olhos azuis da cor do céu, enrugou a testa, olhou firmemente no fundo dos olhos do menino e disse:

- Este segredo morre aqui, caso você bater com a língua nos dentes ô...

O velho juntou os dedos da mão, abriu a palma e fez um gesto como estivesse dizendo que cortaria–lhe o pescoço caso esta jura fosse quebrada.

O menininho tremeu e de mostrou muita responsabilidade e segurou firme na mão do avô Augusto e disse. :

-Pode confiar vovô... Serei fiel as suas palavras.

- Eu sou um extraterrestre, já vivi muitos anos, da última vez eu morava lá naquela pequena estrela, tá vendo... Aquela que tem a luz mais avermelhada, os cometas lá é coisa simples de mais, nada extraordinário.

Apontou novamente a bengala bem no rumo da tal, o menino olhou e sentiu dificuldade de localizar, pois a mão do velho Augusto tremia de mais tirando o foco, mesmo assim o menino percebeu e localizou a suposta estrela, muito pequena, mas de cor bem avermelhada, ficou certo do que seu avô estava lhe apontando.

-Sim conta mais vovô, estou gostando.

-E também vivi por ai perambulando por este universo enorme, já passei por várias existências, agora mesmo estou velho, já estou terminando minha fase aqui na terra, logo partirei desta para melhor, como dizem os populares.

-Nossa vô, você me deixou suspenso no ar, nunca imaginaria estas coisas de meu avozinho querido, certeza que devido estas variadas existências que pode ser o resultado do senhor ser uma pessoa tão amável.

-Sim, é muito difícil... Distribuir amor ao próximo, é uma tarefa muito árdua, ás vezes incompreensível, sofremos muita ingratidão... Fazer o bem sem olhar a quem. A cada existência que passamos por aqui nós aperfeiçoamos mais e mais, até que chega um ponto que nós visitantes e habitantes deste planeta aperfeiçoaremos o máximo, adquiriremos uma inteligência extra normal e emprestaremos aqueles pesquisadores da ciência, personagens extraordinários; cientistas premiados.

-Vô, como nós conseguiremos chegar até lá,... Neste mundo estrelar que o senhor disse?

-É muito difícil, é uma façanha muito difícil, são poucos visitantes nesta terra que tem este privilegio, acho é mesmo só uns dois ou três ou até uma meia dúzia destes viventes aqui desta terra.

- Aponte um pelo menos mais um aqui neste planeta, eu sei que o senhor conhece, gostaria de conhecer outro desta espécie assim como o senhor.

- Por aqui perto de nossa casa existe mais um, mas você tem que adicionar mais este segredo em seu relatório, não pode contar para ninguém, confira isso que estou lhe dizer.

-lógico vovô, pode contar com a minha fidelidade, diz ai que eu estou ansioso para saber quem mais é extra terrestre.

-Então vai lá, segura esta nova surpresa. Sabe aquele senhor de estatura bem pequena que trabalha lá naquela mansão no fim da rua. Aquela casa afastada naquela chácara da proprietária dona Irene, aquela mulher estranha que se veste daquela maneira esquisita.

-Sim, sei sim o nome dele é seu Agnaldo, vô, juro que isso já passava pelas minhas indagações, eu sempre tinha comigo que aquele senhor poderia ser um ET, até a meninada da escola já até colocaram este apelido nele, então é verdade...?

- Sim é verdade, mas é secretíssimo, olha lá em..

- Eu quero visitar este mundo em que vocês conhecem, quero ver estes
cometas de perto, como faço?

- Dentre estes poucos remanente deste planeta; viajor deste imenso espaço acho que esta sobrando só eu com este poder, digo poder porque nenhuma nave, nenhuma artimanha da mais poderosa construída por ser humano poderá chegar até lá. Trata-se de um lugar muito longe, muito distante da terra, está em questão o tempo e o espaço ano luz a percorrer, mas; eu tenho o segredo para chegar até lá.

- Vô eu quero que o senhor me leve até lá, será possível?

-Sim, é possível sim!... Vou levar você comigo para fazer um passeio lá, posso ir lá quantas vezes eu querer.

- E então por que não iremos?

- Aguarde, tudo tem seu tempo certo, prometo que vou levar você comigo a este passeio, no dia eu lhe avisarei, verás muitos cometas, lhe mostrarei vária maravilhas do universo. Aguarde.

- sim vou aguardar.
-Agora peço que me acompanhe até a minha rede de dormir, estou com sono.


- Que tenha bom sono, Vovô, durma bem.

Desta vez seria a sexta existência do senhor Augusto a ser cumprida nesta vida aqui na terra; período que ele já tirou várias lições, observou e constatou tantas e tantas barbarias; atos destes seres chamados irmãos terráqueos. Dentre algumas atitudes até louvável, outras de estrema crueldade, levando em conta que a descoberta da penicilina, o desvendar do mundo invisível através das lentes poderosas dos microscópios, o estudo dos vírus, bactérias curando doenças infecciosas. Nestas vais e vens a mais de dez mil anos, seu Augusto presencia todas as épocas e fases de evoluções e progresso aqui neste planetinha azul.

Nesta existência percebeu muitas descobertas benéficas ao bem da humanidade, também observou muitas atitudes de extrema crueldade, imagine Adolf Ritteler com suas guerras inúteis causando estas atrocidades com estes povos inocentes, sem mácula.
Neste mundo em que o Senhor Augusto estaria completando estes estágios; agora já concluindo seu expiatório, voltaria novamente para seu mundo de origem ao qual ele o havia deixado anterior a esta chegada aqui.

Dentro de alguns dias seu Augusto estará se desprendendo desta superfície terrestre, a gravidade, seu peso corpóreo estará desfeito assim ele se irá, mas retornará pela última vez. Está indo para de onde veio, agora fará mais uma preparação para um eventual retorno aqui, lá pelas vindas do ano de dois mil e quinhentos e cinquenta, passa rápido.

Neste retorno a este mundo nesta data de dois mil e quinhentos e cinquenta seu Augusto encontrará um planeta com outras formas de calamidades.

Só existiram guerras, falta de alimentos, águas envenenadas, visibilidades nebulosas devido à poluição, mortandade em grande massa. Mulheres gestantes gerando fetos deformados, e infinidades de pestes infectuosas.

Este planeta estará em pavoroso, será o fim da espécie humana, eles procurarão refúgios em outros planetas com semelhanças ao planeta terra.

Conforme as conquistas ao espaço estes astronautas encontrarão outras localidades neste cosmo, mas; não será privilégio de todos. Está viagem interplanetária seria a preços exorbitantes.

Conseguir uma ponte aérea de longa distância nestas naves SUPERES-equipada? Não seria para todos, Transportar terráqueos refugiados desta degradação da humanidade. Uma aventura só para os milionários, os mais abastados pela pobreza estarão predestinado a sofrer os horrores deste fim de existência da humanidade.

Seu Augusto voltará, mas; porem permanecerá só por um curto espaço de tempo, ai encerrará de vez, Dando um ponto final em suas jornadas pela imensidão do universo, será sepultado aqui neste solo em plena devassidão da terra, sofrendo horrores e ai configurará como fim de todas as existências do senhor Augusto.

Hoje uma manhã de abril dia 23 de um ano qualquer. Seu augusto acordou cedo e logo lhe veio em mente o que significaria este dia, este seria o dia de sua partida, agora estaria completando sua tarefa aqui e não tendo mais nada a fazer por aqui só lhe restaria partir para este mundo distante, seus parentes e amigos reconhece este feito como; morrer para a vida eterna, mas seu Augusto sabe muito bem como se chama isto e fará logo mais neste anoitecer.

Neste começa de tarde, logo depois do almoço, deitou em sua rede amarrada em um palanque da varanda ao tronco de uma laranjeira, começou a soluçar, chorou bastante, ele fico tomado de uma grande tristeza, parece que não queria ir embora, mas não tinha outro jeito, foi um chamado do pai e sendo assim não tem como esquivar, terá que ir mesmo, sem alternativa.

O velho augusto chamou seu netinho e foi logo lhe dizendo:

- Agora que você está aqui vou lhe dizer uma coisa, sabe aquele dia que eu lhe disse que levaria você para um passeio nas estrelas?

-Sim lembro sim, estou esperando e nunca que você me presenteia como é isso só vai ficar na conversa?

-Lógico que não vai ficar só na conversa, fique você sabendo, é hoje o grande dia, tá valendo ainda a proposta?

- Eu quero experimentar esta façanha, espero que isso não fique só na imaginação... Qual hora vai ser?

- Quando todos estiverem dormindo, nós sairemos bem de mansinho, sem fazer nenhum barulho, tá combinado você vem comigo.

-Pode contar comigo vô, mas eu quero voltar logo se não a mamãe fica brava comigo.

-Sim, sim, fique tranquilo.

- Eu gostaria de levar comigo minha amiguinha de classe; Aninha, eu tenho muito amor a ela, nós comemos o lanche todos os dias juntos, todos dizem que Aninha é minha namoradinha. Não sei muito bem o que significa ser namorado... Acho que é isso mesmo que nós praticamos. Bem... Desta vez ela fica e eu vou, talvez na próxima nós iremos nós três.

Já estava chegando as 22hs00, o menino chegou, abriu a porta do quarto do seu avô, pediu o lhe a benção assim como era de costume, foi um motivo de muito choro por parte de seu avozinho, parecia uma despedida definitiva. O velho Augusto lastimava deixar este mundo; fez o que pode para contribuir com o bem estar de todos aqueles que formavam um círculo de amizade e participava desta grande comunidade.

Seu Augusto fazia o papel de uma espécie de grande guru, era um ótimo conselheiro emprestava ao povo deste lugar sua esmerada sabedoria em todos os ramos da sociedade, no que se diz a classe mais carente; trabalhou e ajudou formar bons cidadãos dez dos primeiros anos de formação até a idade geriátrica.

Agora seu Augusto partirá para outra dimensão e junto levará seu netinho que será devolvido em breve isso por que lá neste planeta de destino o tempo é como um piscar de um olho para nós terráqueos, lá uma hora é uma eternidade. O tempo é contado assim como o trajeto dos cometas, assim como o sol é para nos humanoides.

-Olha meu netinho, vou lhe fazer este presente, leve isso contigo nesta nossa viagem.

O velho Augusto foi até o guarda roupas e retirou um travesseiro, fofo e confortável, perfumado e muito delicioso para encostar a cabeça, entregou ao menino dizendo ser um presente muito especial, que logo em breve ele estará usufruindo destes benefícios que este travesseiro lhe oferecerá..

- Tome esse travesseiro meu neto, é um travesseiro muito especial, você verá que quando você viajar em seu sonho algo muito fantástico irá acontecer, mas porem depois de seu regresso. Você poderá usa-lo e sonhar vivendo uma fantasia extraordinária. Aguarde uns dias, tudo acontecerá na hora certa.

- Pode levar comigo em nossa viaje?

- Sim, principalmente nesta viaje, depois que esse seu travesseiro se tornará encantado.

- Bom!... Muito agradecido vovô.

- Então podemos ir darmos os primeiros passos para esta viaje.

-Vô, nós não podemos viajar de mãos vazias, estou levando aqui comigo um refrigerante coca cola e um Hot-Dog... Para nós tomarmos e comermos quando estivermos cansados, isso foi a mamãe de Aninha que fez para mim, eu amo Aninha acho que vou sentir muitas saudades desta minha amiguinha.

- Isto logo passara você verá.

- E o vasilhame como nós os descartará?

- Depois você verá.

Saíram devagarinho, sem que ninguém pudesse ouvir nenhum ruído, de porta a fora, agora já estão caminhando pelas ruas desertas daquela cidade; o velho Augusto e seu netinho que planeja uma viagem pelo espaço, tudo planejado pelo velho Augusto. Enquanto o velho sentia a dor da partida ouvia as tagarelices deste seu netinho que até amortecia um pouco os sofrimentos.



- Vô você já ouviu falar naquele cantor lá dos anos oitenta... De nome Peninha, todas as vezes que ouço uma música dele eu me lembro da minha querida Aninha.

- Sim!... Já sim. Vejo que você tem bom gosto meninho. Qual das músicas do Peninha você mais gosta.

- Vou cantar um pedaço, certeza que você conhece.

- Pois.. Cante!

- É assim....

- E aquela que eu canto sempre para minha Aninha querida:...

Você gosta de sonhar olhando as estrelas.
O meu sonho é mais real depois do amor.
Eu igual a você não tenho pressa.

Também acho bom abeça,
fazer carinho debaixo do cobertor.

Você ama matemática
Eu adoro português,
Arrependo do que fiz,
E você do que não fez.
... é por isso que está dando certo.
Sou um apaixonado pelas músicas deste cantor vovozinho.

A noite se ia lá pelas tantas. Enquanto isso os dois fugitivos botava o pé na estrada em direção de um grande lago, local em que seu Augusto faria o contato com seus companheiros extraterrestre. O velho Augusto caminha a todo vapor, iam a passos largos acompanhado com o compasso da bengala, firmando aqui e ali e avançava na caminhada nesta noite enluarada, aproveitando para olhar para o céu para ter a certeza que o objeto luminoso cruzasse pelos os altos nesta noite. Isso quando já aproximavam do ponto de encontro.

-Olha lá no céu vô, uma estrela cadente, parece que caiu lá no lago.

-Não é estrela cadente menino, aqueles são os meus companheiros que estão chegando, prepare-se que dentro de alguns minutos estaremos embarcando nesta viaje mais linda e fantástica de todos os tempos.

Pronto. O menino e o velho acabaram de chegar ás margens do lago, ficaram estacados de pé por alguns minutos olhando para toda a parte verificando, conferindo para ver se avistava o que eles estavam esperando. Nas margens desta lagoa existia uma espécie assim de praia artificial de areias brancas e limpas. Os frequentadores; pessoas da vizinhança acostumavam passar a noite meditando deitado nestas macias terras arenosas, assim também fez o menino; colocou seu travesseiro presente de seu avô, abriu a mochila e retirou algo que trazia como bagagem, um grande retalho de tecido que dizia que seria para algumas emergências, forrou na areia este pedaço de pano que ele dizia ser lençol, logo em seguida dormiu enquanto seu avo aguardava a vinda dos extraterrestres.

- Boa noite vovô, eu estou pedindo a sua benção, quando chegar a hora o senhor me acorde, me chame.

De repente lá do outro lado do lago eis que surge uma luz forte, muito potente eram eles que já estavam começando a aproximar.

Quando a grande nave já estava já aposta pousou plantando os quatros pés em cima destes dois seres humanos, com um facho de luz sugou os para o interior desta máquina interestelar, decolaram e dentro de minutos desapareceram no universo em direção da estrela; morada de seu Augusto, mas sua bengala inseparável ficou fincada como um marco divisório, ali na areia como prova que algum ser o sequestraram e neste momento estão eles passeando pelas estradas infinitas do cosmo, tapetem luminoso que brilham misteriosamente instigando e desafiando com está pergunta: Como será o universo?
No outro dia bem de manhã os populares encontram os corpos sem vida na prainha. Os corpos estavam estendidos assim como duas embalagens vazias, descartadas, pois, o conteúdo essencial destas massas corpóreas estava aliviado flutuando á muitos anos luz deste nosso planeta.
Para os seres humanos seu Augusto e seu netinho estão mortos, morreram e serão sepultados, para o mundo de origem do senhor Augustos eles estão apenas em outra dimensão deste imensurável cosmos.

                                        SEGUNDA PARTE.

                         Os cometas, o menino e o velho Augusto

...No momento que os populares foram até a praia da lagoa resgatar os corpos do menino e o velho Augusto, alguém naquelas imediações tomou providência urgente de passar um comunicado a senhora mãe do menino, neto do senhor augusto.
Seu Agnaldo; o homenzinho raquítico que trabalhava de mordomo para a senhora Irene na mansão do fim da rua se apressou para informa á senhora mães do menino que algo ainda não estava muito certo, e que aquela senhora mãe deveria escutar algo que lhe surpreenderia. Assim seu Agnaldo disse:
- Minha senhora, que seu Augusto partiu desta para a melhor é mais que verdade, mas; o menino ainda não é certo, este garoto não morreu, pode ter certeza, ele só está passando por um processo de sonolência e sua respiração está quase imperceptível, peço que enxugue suas lágrimas, dentro de umas quarenta e oito horas ele voltará á vida normal, é só aguardar.
Seu Agnaldo sabia de tudo, percebeu quando o objeto não identificado rasgou o escuro da noite na direção da grande lagoa misteriosa, onde várias civilizações já passaram por ali.
Seu Agnaldo e seu Augusto sempre foram companheiro nesta jornada além- mundo. Tinha conhecimento de tudo que acontecia nesta trajetória, já sabia que este era o dia de seu Augusto partir para o infinito a caminho das estrelas; mundo que seu Agnaldo também pertencia.
Seu Augusto ficará por lá aguardando as ordens do grande mestre, mas o menino logo voltará e novamente se apodera do corpinho que agora está em um estado vegetativo; como se tivesse hibernando.
Aquela constelação que visivelmente forma o desenho do signo de SAGITÁRIO. Uma destas estre
las que agora seu Augusto e o menino tomaram como destino nesta aventura fantástica. Seu augusto; avô neste momento está fazendo o papel de cicerone, enquanto passeia por estes espaços surpreendentes este velho Augusto vai apontando tudo para o menino, mostrando tudo.
   Veja como e formado este piso que nos sustenta isso não é solo como você está acostumado, muito estranh

o, parece uma espécie de gel, talvez assim seco que causa uma sensação prazerosa quando pisamos descalços, está matéria é matéria estrelar; um místico de areia fina como fécula, pulverulenta leve como amido desta cor assim estranho.
- Olha vovô aqui também tem horizonte que lugar mais maravilhoso, se eu contar pra minha querida Aninha, ela não vai acreditar e vai fazer bastante vaia com minha cara.
- Juninho, cuide bem desta sua amiguinha, ela tem algo parecido conosco; é um anjo tal qual você; mas porem Aninha é muito meiga e muito boazinha enquanto que você é muito levado, vocês são dois Anjos, um mau e outro bom, você é o mau e ela é a parte boa; assim, Carneirinho e Bodinho.
- Não vovô, não pode ser ela carneirinho, pois ela é mulher, tem que ser carneirinha.
- Na, na, na não, você não sabe mesmo de nada menininho, vou lhe dizer uma coisa, anjo não tem sexo, você e ela são tudo a mesma coisa, uns pingos de gente inocentes.
- Então tá bom vovô, ela é o Carneirinho e eu sou o Bodinho.
Aquele cenário era mesmo maravilhoso, algo fora de série, como o nosso planeta; tudo possuía uma vaga aparência com o que temos por aqui; nuvens, montanhas regato flores em uma vegetação diferente, as montanhas eram mesmos de cor azulada, mas um azul escuro ás vezes claro pendendo para o roxo e era assim.
-Vô o que são aquelas pegadas que vem de lá de longe, parece caminhos, hora é nuvens, ou estrada... Não sei.
- Aguarde que daqui a pouquinho você verá o que significa aquilo que surge lá das montanhas.

O menino ficou prestando atenção se aparecia algo lá no horizonte e logo veja lá o que surge um veículo parecido com um trem, sim um trem que vem surgindo por trás daquela cadeia de montanhas azuladas.
- Veja que lindo!...É um trem
- Parece um trem, mas não é se assemelha apenas, mas pode se dizer que aquele é o trem que chega sempre neste entardecer. Ele vem apitando, fumegando trazendo muitos passageiros, muitos vão ficar aqui nesta estação, outros seguirão viagem, este é um momento muito triste para estes passageiros, aos poucos você vai entender como ocorre as coisas aqui neste planeta, vou dizer assim... ‘Planeta’, ao invés de dizer estrela...

 Antherport
 
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 17/11/2014
Reeditado em 28/05/2018
Código do texto: T5038978
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