O GRANDE REI DA FLORESTA.
O grande pé de peroba rosa der repente suas folhas e galhos ficaram abalados, tremulando.
Esta enorme árvore se tornou um frenesi, tremia como se fosse um ser humano em estado de hipotermia ou em estado febril, pois aquela luz incandescente que cortava a floresta sobre a data de um dia específico da semana, agora viera atingi-la. Os espíritos das matas estavam em pavoroso com a chegada do mais valente guerreiro que sobrevoava a floresta administrando a como se estiveste colocando ordem na casa.
Ele apareceu emitindo uma luz repentina como se fosse um forte relâmpago e iluminou toda a mata com um clarão fantástico, apesar das chuvas ainda estarem longe dali; mas ele já mostrou a sua presença.
Sua machadinha reluzente voando em uma velocidade fenomenal veio logo cravar no tronco da grande e majestosa Peroba Rosa, certeza que nesta hora esta árvore gemeu de dor.
Já as meia noite daquela sexta feira maior, enquanto a folhagem ainda estava toda molhada, os bichos também já alguns minutos após o ralo chuvisqueiro, ficaram em silêncio, os grandes macacos Bugios anunciava o mau presságio e emitia aquele gemido de terror sobre as altas árvores de cerejeiras; a mais alta da floresta.
No momento preciso que a grande árvore foi atingida pela machadinha, os animais todos da floresta iniciaram uma gritaria que não queria mais parar, foi assim que acabou irritando o grande espirito da floresta. Ele exigia que todos os seres mortais e imortais calassem suas bocas em respeito ao maior de todos seres o rei das matas; Ogum Guerrero.
Logo em seguida ouviu se um forte grito que ecoou por toda a floresta, Ogum estava furioso devido a grande algazarra que os bichos estavam fazendo.
Ogum soprou um temporal muito forte que até arrancou árvores e até das mais fortes, ai o temporal caiu com impetuosidade sem intervalo, e foi até poucos minutos antecedendo o claro do dia.
A grande árvore perobeira já havia cessado os prantos e em um passo de mágica podiam perceber que não havia mais o machado de Ogum cravado em seu tronco e precisamente na fenda causada pelo corte havia nascido misteriosamente, de um dia para o outro, um grande ramo de Bromélias todo florida de um vermelho bem vivo, recompensa recebida pelo Ogum que presenteou com esta maravilha de flor, dando um fim a todo sacrifício por ela sofrida. Ai a vida se tornou calma como sempre. (Antonio Herrero Portilho)