Glaston
Luke andava morro acima, como era de costume a essa hora do dia. Apesar de possuir quatro pernas, ele andava com certa lerdeza. Enxugou o suor que escorria pela testa com uma das mãos que possuia, respirou fundo e começou a correr até o topo da colina.
O céu verde estava sem nuvens, deixando a grande estrela azul iluminar toda a paisagem. Por trás de Luke só se via o infinito pasto. Ninguém sabia o que tinha no fim daquele vale, e nem se atreviam a sair de sua rica cidade. Tinha alguns malucos que afirmavam haver outras cidades depois daquela imensidão. Mas como disse, eram apenas lunáticos.
As estranhas árvores começam a dar seus frutos. Insetos faziam guerra por entre as gramas. Um pássaro de grande porte pairava sobre o ar, sempre batendo suas seis asas. Um pequeno animal - parecido com uma girafa em miniatura - se mantinha, de forma gloriosa, em cima de uma grande pedra.
Depois de uma longa corrida, Luke chegou ao pico. Ficou ali, apreciando a fantástica cidade. Viu os pequenos homens de cor laranja carregando seu enorme manto de seda enquanto subiam outro monte. As crianças, de diversas formas e tamanhos, brincando num tipo de escola. A grande agitação dentro da cidade era constante, parecendo até uma feira. Sua arquitetura era muito esquisita, com vários tipos de construções abstratas. Parecia que toda a cidade era uma junção de várias culturas e povos. Deu um longo suspiro e com sua voz rouca declarou:
- Ah, Glaston! Minha bela cidade!