As Estórias bem Assombradas.
Pois bem, amigos leitores, então é que começaram as estórias que eu prefiro chamar de bem assombradas, porque por mais que pareçam estranhas e cheias de fantasmas, todas elas acabam levando sempre ao Bem Maior.
Retornei ao Brasil no final do mês de julho; continuamos nos falando pela internet, e no ano seguinte, 2008, ele me convidou para visitá-lo novamente, desta vez para ficar por três meses!
Embarquei no inicio de março, com volta marcada para final de maio. Passaríamos juntos o aniversario dele, 7 de março, e o meu, 25 de maio.
E assim foi feito.
Quando entrei na casa dele, desta vez já conhecida e querida, senti-me como se estivesse chegando a um ninho de amor, aconchegante e feliz.
Ele preparou tudo, limpou tudo; fazia o café da manhã e ia me acordar todo contente. Eu saía para caminhar dentro do condomínio, em volta dos lindos lagos. O tempo estava ameno, dias como sempre ensolarados e céu sempre azul.
Eu estava vivendo um sonho encantado!
Foi então que comecei a sentir umas coisas estranhas...
O Jerry tinha e tem até hoje o estranho hábito de acordar as duas da madrugada e ir para a academia, exercitando-se até as cinco. Então é que retorna à casa e faz o café da manhã.
Eu achava isso estranho demais, mas, cada louco com sua mania! Outra coisa que aprendi na minha vida é não tentar mudar as pessoas: além de elas não mudarem, você acaba frustrado e sem a companhia da pessoa!
Desde a vez anterior em que estive hospedada na casa dele, isso ocorria: ele acordava um pouco antes das duas, se levantava de mansinho e saia sem que eu sequer acordasse.
E eu só acordava de manhã, depois do sol clarear e ouvir os barulhinhos na cozinha.
Pois bem, desta vez foi diferente, comecei a acordar lá pelas três da manhã e sentir um medo, uma ansiedade, como se algo não estivesse bem.
Tateava na cama e ele não estava lá, tinha saído.
Imaginem uma casa no meio de gramados e lagos, sem barulho de espécie alguma, aquele silêncio que dava pra cortar com uma faca de tão palpável, e eu ali, com toda a sensibilidade que tenho, orelhas em pé e o corpo arrepiado!
Comecei a ficar em pânico, só pensava em sair dali, em ir embora!
Acendia todas as luzes da casa, tentava me acalmar, falava para mim mesma que estava tudo bem, mas aquele pânico era irracional: parecia que vinha do fundo da minha alma!
Comecei a pensar besteiras: e se ele morresse? O que eu faria ali naquele pais estranho, sem falar nada da língua, sem conhecer uma viva alma, a não ser ele?
Sim, porque ele não tinha me apresentado a ninguém, nem aos vizinhos, parecia que não tinha parentes nem amigos, ninguém nem telefonava para ele!
Fui para a cozinha, preparei um chá, o pânico aumentando. As janelas da cozinha, envidraçadas, davam para o lago e para a piscina; eu me assustava ainda mais ao olhar para fora e só perceber a escuridão e o silêncio.
Voltei correndo para o quarto, fui para o banheiro e comecei a encher a banheira para tomar um banho morno. A janela do banheiro também dava para o lago; a minha impressão era que em toda a volta da casa havia vultos ou pessoas!
Tentei não olhar para fora, tomei meu chá e meu banho, mas o pavor era tal que resolvi ir embora. Não ia ficar ali nem mais uma noite!
Fui arrumar minha mala, me vesti, e resolvi que quando ele chegasse, eu faria ele me levar direto para o aeroporto! Ingênua, achava que era como ir para a rodoviária e tomar o primeiro ônibus!
Só então fui me lembrar dos meus mentores, anjos de guarda e amigos espirituais!
Como é possível que exatamente na hora de maior necessidade, haja esses brancos, esses esquecimentos!
Já vestida para viajar, sentei-me e comecei a rezar em voz alta. Rezei tudo o que sabia e chamei todos os anjos e santos que conhecia!
Aí então, aos poucos, bem devagarzinho, comecei a me acalmar e ouvir aquela conhecida intuição, como que um pensamento dentro da minha cabeça:
-Calma querida! Não precisa ficar assim. Calma!
E fui me acalmando. Dizia a mim mesma:
-Como você vai explicar a ele tudo isso? Ele vai pensar que você é louca de pedra! E se você for embora, acabou o namoro, acabou o sonho encantado, acabou tudo. Pare e pense! Isso vai passar!
Olhei no relógio: quatro e meia da madrugada! Ele estava para chegar!
Corri a apagar todas as luzes, me enfiei na cama de roupa e tudo e fiquei bem quietinha, rezando!
Mais alguns minutos e ouvi o portão da garagem se abrindo.
Aos poucos, o dia começou a clarear e eu adormeci, toda vestida para viajar!
Até hoje ele não sabe do acontecido, nem suspeita do meu banho às quatro da madrugada.
No outro dia, fiz minhas meditações e percebi que havia uma grande perturbação espiritual que se manifestava como medo e que tinha a ver com aquela tão linda casa e com as pessoas que ali tinham vivido.
Então a minha velha conhecida voz intuitiva me falou:
-“Pois é, querida, é isso mesmo!
Você pensa que é só vir aqui, desfrutar de toda a mordomia e aconchego, e não dar nada em troca? Este Universo funciona à base de troca e se você está recebendo tanta coisa, o que tem para dar em troca?
Sua sensibilidade, sua intuição, seu jeito de conversar com as energias superiores, seu trabalho espiritual!”
Eu não tinha noção, mas uma nova aventura no mundo do espiritualismo estava se iniciando em minha vida.
continua...
Para ler o próximo capítulo,clique aqui:
http://www.escoladeevolucao.com/visualizar.php?idt=1868638
Pois bem, amigos leitores, então é que começaram as estórias que eu prefiro chamar de bem assombradas, porque por mais que pareçam estranhas e cheias de fantasmas, todas elas acabam levando sempre ao Bem Maior.
Retornei ao Brasil no final do mês de julho; continuamos nos falando pela internet, e no ano seguinte, 2008, ele me convidou para visitá-lo novamente, desta vez para ficar por três meses!
Embarquei no inicio de março, com volta marcada para final de maio. Passaríamos juntos o aniversario dele, 7 de março, e o meu, 25 de maio.
E assim foi feito.
Quando entrei na casa dele, desta vez já conhecida e querida, senti-me como se estivesse chegando a um ninho de amor, aconchegante e feliz.
Ele preparou tudo, limpou tudo; fazia o café da manhã e ia me acordar todo contente. Eu saía para caminhar dentro do condomínio, em volta dos lindos lagos. O tempo estava ameno, dias como sempre ensolarados e céu sempre azul.
Eu estava vivendo um sonho encantado!
Foi então que comecei a sentir umas coisas estranhas...
O Jerry tinha e tem até hoje o estranho hábito de acordar as duas da madrugada e ir para a academia, exercitando-se até as cinco. Então é que retorna à casa e faz o café da manhã.
Eu achava isso estranho demais, mas, cada louco com sua mania! Outra coisa que aprendi na minha vida é não tentar mudar as pessoas: além de elas não mudarem, você acaba frustrado e sem a companhia da pessoa!
Desde a vez anterior em que estive hospedada na casa dele, isso ocorria: ele acordava um pouco antes das duas, se levantava de mansinho e saia sem que eu sequer acordasse.
E eu só acordava de manhã, depois do sol clarear e ouvir os barulhinhos na cozinha.
Pois bem, desta vez foi diferente, comecei a acordar lá pelas três da manhã e sentir um medo, uma ansiedade, como se algo não estivesse bem.
Tateava na cama e ele não estava lá, tinha saído.
Imaginem uma casa no meio de gramados e lagos, sem barulho de espécie alguma, aquele silêncio que dava pra cortar com uma faca de tão palpável, e eu ali, com toda a sensibilidade que tenho, orelhas em pé e o corpo arrepiado!
Comecei a ficar em pânico, só pensava em sair dali, em ir embora!
Acendia todas as luzes da casa, tentava me acalmar, falava para mim mesma que estava tudo bem, mas aquele pânico era irracional: parecia que vinha do fundo da minha alma!
Comecei a pensar besteiras: e se ele morresse? O que eu faria ali naquele pais estranho, sem falar nada da língua, sem conhecer uma viva alma, a não ser ele?
Sim, porque ele não tinha me apresentado a ninguém, nem aos vizinhos, parecia que não tinha parentes nem amigos, ninguém nem telefonava para ele!
Fui para a cozinha, preparei um chá, o pânico aumentando. As janelas da cozinha, envidraçadas, davam para o lago e para a piscina; eu me assustava ainda mais ao olhar para fora e só perceber a escuridão e o silêncio.
Voltei correndo para o quarto, fui para o banheiro e comecei a encher a banheira para tomar um banho morno. A janela do banheiro também dava para o lago; a minha impressão era que em toda a volta da casa havia vultos ou pessoas!
Tentei não olhar para fora, tomei meu chá e meu banho, mas o pavor era tal que resolvi ir embora. Não ia ficar ali nem mais uma noite!
Fui arrumar minha mala, me vesti, e resolvi que quando ele chegasse, eu faria ele me levar direto para o aeroporto! Ingênua, achava que era como ir para a rodoviária e tomar o primeiro ônibus!
Só então fui me lembrar dos meus mentores, anjos de guarda e amigos espirituais!
Como é possível que exatamente na hora de maior necessidade, haja esses brancos, esses esquecimentos!
Já vestida para viajar, sentei-me e comecei a rezar em voz alta. Rezei tudo o que sabia e chamei todos os anjos e santos que conhecia!
Aí então, aos poucos, bem devagarzinho, comecei a me acalmar e ouvir aquela conhecida intuição, como que um pensamento dentro da minha cabeça:
-Calma querida! Não precisa ficar assim. Calma!
E fui me acalmando. Dizia a mim mesma:
-Como você vai explicar a ele tudo isso? Ele vai pensar que você é louca de pedra! E se você for embora, acabou o namoro, acabou o sonho encantado, acabou tudo. Pare e pense! Isso vai passar!
Olhei no relógio: quatro e meia da madrugada! Ele estava para chegar!
Corri a apagar todas as luzes, me enfiei na cama de roupa e tudo e fiquei bem quietinha, rezando!
Mais alguns minutos e ouvi o portão da garagem se abrindo.
Aos poucos, o dia começou a clarear e eu adormeci, toda vestida para viajar!
Até hoje ele não sabe do acontecido, nem suspeita do meu banho às quatro da madrugada.
No outro dia, fiz minhas meditações e percebi que havia uma grande perturbação espiritual que se manifestava como medo e que tinha a ver com aquela tão linda casa e com as pessoas que ali tinham vivido.
Então a minha velha conhecida voz intuitiva me falou:
-“Pois é, querida, é isso mesmo!
Você pensa que é só vir aqui, desfrutar de toda a mordomia e aconchego, e não dar nada em troca? Este Universo funciona à base de troca e se você está recebendo tanta coisa, o que tem para dar em troca?
Sua sensibilidade, sua intuição, seu jeito de conversar com as energias superiores, seu trabalho espiritual!”
Eu não tinha noção, mas uma nova aventura no mundo do espiritualismo estava se iniciando em minha vida.
continua...
Para ler o próximo capítulo,clique aqui:
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