"ENTRE O RISCO E O PETISCO" -Conto Erótico-

“ENTRE O RISCO E O PETISCO”

– conto erótico -

Em uma de minhas viagens de negócios a São Paulo, decidi no final de tarde ir ao cinema, fui ao Shopping da Paulista, escolhi o filme e comprei o ingresso. O filme que escolhi foi “Uma linda mulher” com Julia Roberts. Faltavam uns quinze minutos para iniciar a sessão das 18 h. A seguir comprei um saco de pipoca e sentei-me num sofá extenso que havia na lateral do hall. Passei a observar as pessoas que adentravam o recinto e entre eles notei uma elegante mulher de meia idade, talvez 35 anos. Muito bem vestida, diria até que recatada. Lábios sensuais, gestos comedidos e falava em voz baixa com seu acompanhante que julguei ser o marido. Pouca ou nenhuma importância dei à presença dela, face que não estava eu atrás de mulher alguma e também porque ela estava acompanhada. Notei, entretanto, que ela me olhou discretamente algumas vezes, continuei a não dar importância, poderia ser uma coincidência. O tempo passou e ouvi o sinal para seguirmos para a sala de projeção, assim fiz com certo relaxamento, inclusive sem olhar para os lados, apenas tratei de arrumar um bom assento. Havia acabado a pipoca, fiquei então sem ter uma distração durante o filme. As luzes do ambiente ficaram a meia luz e iniciaram a projetar os trailers, aos quais fiquei atento, até mesmo para ver quais eram os filmes que estavam chegando ao mercado cinematográfico. Quando dei por conta, o casal que tinha observado no saguão do cinema, estava sentado ao meu lado. A mulher linda que havia me olhado estava acomodada exatamente na cadeira ao meu lado. Não liguei, mas fiquei curioso, dei uma olhada de soslaio na altura de seu peito e corri os olhos até seus joelhos que estavam a descoberto, gostei do que vi. Continuei prestando atenção na telona. Depois de uns dez minutos de filme pleno, já às escuras, senti o joelho da mulher roçando no meu, sem desconfiar de nada, afastei o meu joelho. Fui apenas educado com a madame, pois como diz o pensador, “quem mal não faz, mal não pensa”. Ato continuo a mulher voltou a encostar o joelho no meu, eu então deixei que acontecesse, vi que não era um mero incidente entre vizinhos de bancos de cinema. Aguardei para que ela tomasse a iniciativa, considerando que eu estava pisando em terreno desconhecido, resolvi ser cauteloso. Aguardei. Instantes depois, a mulher passou a mão lentamente em minha virilha, fez leve massagem e parou. Lembro que eu me estiquei todo na poltrona, um arrepio correu minha pele e cabelos, testosterona jorrou em meu sangue, acendendo tudo que estava até então meio apagado. A desconhecida a seguir acariciou minha mão, fiquei temeroso pela presença do marido ao seu lado, mas deixei. O tesão e a curiosidade eram maiores que o suposto risco que corria. A senhora ao meu lado, que até então me parecia decente, sequer me olhava, apenas tinha a sua frente o telão, a mão esquerda dela trabalhava no paralelo e fez menção de abrir o “fecho” da calça, foi quando com leveza eu a tirei de minha braguilha. Sem demora a mulher insistiu, dessa vez deixei para ver até onde iria, ela, delicadamente, abriu a braguilha e enfiou a mão, daí em diante passou a fazer carinho no meu bilau, que crescia a cada segundo de massagem especial. Eu me repuxava no banco do cinema e me esticava todo, sempre muito comedido para não chamar a atenção dos demais freqüentadores do cinema. Estava eu sendo masturbado em pleno escuro do cinema na av. Paulista, mesmo que eu contasse aos meus amigos, eles não acreditariam, mas era verdade, a mais pura verdade. Adrenalina pura !! Vivi um sentimento totalmente diferente do usual, a excitação aumentava na mesma proporção que o medo subia, em face da presença do homem sentado na cadeira oposta à minha. Ela continuava me masturbando e eu me contorcendo, não sabia exatamente o que estava acontecendo, jamais havia vivenciado uma situação dessas, mas confesso que estava gostando. A bonita, mas estranha mulher assistia ao filme ao mesmo tempo em que me acariciava com a mão esquerda, não conseguia saber se era um fetiche, uma fantasia sexual e muito menos se o marido era complacente com a atitude ou não. Eu não tinha do que me queixar, estava ótimo. Em seguida escapou gemido abafado, havia, eu, naquele instante, tido o orgasmo, ou havia acabado como se diz na gíria popular. Foi uma gozada “mundial”, de tão gostosa e extensa, jamais esquecerei essa aventura que vivi, inesperada, insólita, surpreendente, mas extasiante. Minutos depois acabou o filme, a “madame” levantou-se com o acompanhante e saiu a passos lentos, como se nada tivesse acontecido ali. Nem eu sequer olhei para ela, apenas notei a sua silhueta se afastando. Guardei o bilau e fui para o hotel com as cuecas meladas. Ficou registro apenas na lembrança que não gostaria de esquecer, face ter sido um fato inusitado em minha vida.

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 22/10/2008
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