Brasileiro é Bonzinho!
O funque troa alto nas caixas. Os barracos tremem.
Nas vielas e becos, neurônios entorpecidos em mentes bêbadas.
Fumadas. Cheiradas.
A favela de olhos arregalados, não dorme.
Tudo vê. Tudo ouve.
Nada denuncia.
Até que enfim saberemos quem pôs fim à vida de Marielle; e à do servente de pedreiro? O quê? Tem Juíza que escafedeu-se do tribunal, também?
Ah, lembrei: e o Tim Lopes, por onde anda? O cara subiu o morro e nunca mais desceu.
Será que naquele tempo não chovia e os morros não brincavam de deslizar; por isso não rolou morr'abaixo?
Mariana e Brumadinho.
Boate Kiss; Ninho do Urubu..., etc, etc e tal.
Seguir bem, nada mal.
Ao primeiro tiro,
Fuja, bata em retirada seo Jacu,
Siga junto,
Nem pense em calçar as botinas,
Jeca Tatu.
Malandro esperto,
É malandro vivo.
De sexta à Segunda-feira
Embora seja segunda-feira e daqui a pouco é dia de trabalho - antigamente falavam "dia de branco"; o que atualmente não é conveniente. O leitor sabe o porquê - estou à espera dos Gatos miarem. Não preguei os olhos.
Algo aconteceu, por que são quase duas horas da madruga e nada do quebra-barraco; ou melhor: "do quebra-telhado."
Estranho; nunca não falharam...; principalmente, em se tratando de algo tão nobre e cultural; ao contrário, esses animais são fiéis às tradições, costumes e hábitos.
Se os protagonista do conto estão atrasados, atualizando a tragédia da nossa Faixa de Gaza de todas as horas, após três dias de chuvas, são mais de 25 mortos.
No litoral paulista, a "boca esquentou" por lá, passam de 50 mortes devido a "operação verão."
Sobre a dengue? O mosquito faz gato, sapatos e bicas-os. Não, não é bi cause, em ingrês.
No trânsito? Estão eliminando até jegues.
Dando por encerrado, porque os números de mortes por aqui é caso mera obra de poeta, o BraZão está abrindo fogo.
Bem, mas entendam que tudo que acontece nesse país sem fronteiras, é humanamente correto; portanto, está dentro do estado democrático de direito.
Uuuuh, Lalá!
Boa Páscoa em família
Embora esteja em fim de carreira e pelos sintomas, na fase do climatério, toda vez que o Patrão renova o ninho com capim, a galinha Frozina é a primeira a esquenta-lo.
Como se voltasse no tempo, arruma os fios de capim, movimenta-se: levantando e abaixando; e incansável, sossega-se por um tempo, esperando as contrações; que óbvio, nunca lhe vem.
Doce ilusão dessa fiel e carinhosa bisavô, avó e mãe, que durante toda a vida, dedicou-se à cria dos filhotes e postura de ovos para o patrão. Revolucionária, não parava de trabalhar nem no período da quaresma; fato que causava certo desconforto nas demais galinhas e nos próprios galos.
Contudo, não deixava de respeitar as crendices da época. Para evitar atritos e discussões desnecessárias, não cacarejava um mínimo ruído, sobre a questão de coelhos botarem ovos. Quando dispunha-se aos questionamentos, passava certo tempo imaginado quão grande deve ser os coelhos, pois, pela lei da proporcionalidade, os ovos trocados eram enormes, grandes; o que levava-a achar estranho tudo aquilo e ao ouvir: "boa Páscoa em família", cacarejava: "essa minha espécie têm certos costumes....; a começar por família: família, o que família?." Engolindo a seco o questionamento, quando não voava até a biblioteca do Patrão para pesquisar o indagado nos livros de Biologia, retornava ao ninho; pois lá se entendia e não menos, sabia o seu papel de galinha cidadã contribuinte para o Patrão, tanto quanto para o meio, o qual pertence.
Por ter sido fogosa e bastante ativa sexualmente, foi lucrativa e amada pelo Patrão. Vista como bom exemplo a ser seguido, sempre recebeu tratamento diferenciado; o que causava - ainda causa - ciúmes nas demais amigas de galinheiro.