498 Os meus tios e meus primos
Em Mimoso de Goiás cidade do entorno de Brasília, com cerca de 3 mil habitantes, outrora distrito de Niquelândia é onde estão as minhas raízes e é também onde nasci; nasci numa fazenda às 03 horas do dia 13 de agosto de 1960. Quando eu tinha 01 ano de idade, os meus pais se mudaram para o município de Pirenópolis, depois se mudaram para Anápolis e depois para Goiânia no ano de 1971. Pelo caminho ainda tiveram mais 04 filhos, a saber: Afonso, Deusa, Vilmar (in memorian) e Edmar.
O meu pai se chamava Odom e a minha mãe Maria Conceição, ambos falecidos. Os meus tios paternos brancos, são: Almerinda, Maria, José, Josefa, Narciso, Aristeia, Edson, Odilon, Delza e Manoel Iron, todos falecidos. E os meus tios maternos negros, são: Bregídio, Senhora, Senhor, Otaciana, João, Egídio e Antônio; e ainda estão vivos Bregídio, João e Otaciana.
Dia desses estive com a minha tia Otaciana, 80, que sempre me passa informações sobre a nossa família. Ela me disse que a minha tia Maria e o seu esposo de nome Marinho moravam numa fazenda no município de Mimoso de Goiás, com 05 filhos pequenos, a saber: Abadio, Leogina, Geni, Reginaldo e Regina (gêmeos), com 03 anos de idade; que certo dia, Maria estava varrendo a casa e Marinho estava lá fora, Maria disse: Marinho, venha cá me ver; e Marinho lhe respondeu: Agora não, meu amor, estou ocupado. E que passado um pouco de tempo, Marinho entrou e encontrou Maria estendida no chão, sem respiração.
Minha tia Otaciana me disse ainda que meu tio Marinho ficou desnorteado e por não ter condições de criar os seus filhos, deu-os para os seus parentes; e que passados alguns anos, Marinho também morreu de repente. Lembro-me que Geni chegou a morar conosco quando eu tinha 06 a 08 anos de idade. Ainda conheço pessoalmente Regina e Reginaldo, e não conheço abadio nem Leogina. A minha prima Regina que mora em Brasília disse-me que todos estão vivos.
Goiânia, 05-02-2024
(Do meu livro Minhas histórias, pequenos contos, em revisão)