378 A fim de uma moça
No sábado passado estava numa festinha em comemoração ao aniversário da esposa de um velho amigo. Estava sentado no sofá quando chegou uma moça ruiva e me cumprimentou. O meu amigo sentou-se perto de mim e disse: “Pode chegar junto que ela está livre”. Eu lhe respondi: “De quem está falando”. Ele respondeu: “Estou falando da Celiane, uma boa moça. Ela tem dois filhos, sendo o primeiro de um namorado que não quis assumir, e o segundo de um amigo que também quis assumir”. Eu finalizei: “Nossa, não sabia desse currículo”.
Estava na cozinha tomando um copo d’água quando ela chegou para tomar água também, e eu lhe disse: “Moça, quero falar contigo”. Ela não me deu atenção e ia saindo. Então segurei no seu braço e lhe disse: “O seu coração está batendo rápido demais. Eu só quero te conhecer”. E fomos sentar numa mesa e ficamos a conversar.
Goiânia, 21-04-2024
(Do meu livro Histórias da vida, pequenos contos, em construção)