O FILHO DO DIABO

A Maciel Pinheiro estava silenciosa naquele sábado que antecedia o carnaval, pois, muitas pessoas que moravam no prédio deixavam seus apartamentos rumo ao litoral, em especial, a capital, João Pessoa e outras regiões do estado como o brejo, agreste e sertão, outros estados circunvizinho esperavam seus filhos devidos Campina Grande ser um polo universitário.

Eu caminhava pela em direção ao supermercado, antes eu entraria na Igreja Matriz da Nossa Senhora da Conceição para rezar o meu rosário apressado, e depois, seguiria para o supermercado para fazer compras já que a igreja e o supermercado ficavam localizados na Marechal Floriano Peixoto, avenida principal da cidade.

De longe eu percebi que as portas da igreja estavam fechadas, pensei: “Deve a falta de muitos fieis”.... prossegue, antes falei com um moto taxistas que me conhecia desde a época que eu morava na Afonso Campos, rua esta paralela com a famosa Floriano Peixoto. Entrei no supermercado, cumprimentei alguns funcionários, e percebi um mototaxista entrar e sair rápido, eu até então não desconfiava que o mal estava por vir. E, fui para o setor de frios, como numa alvorada em trevas, pelo clarão efêmero das nuvens negras pairando num ar sem dono, um homem aproximou-se como um víbora dos queixos e balbuciando uma linguagem onomatopaica olhava-me com olhos mortos e eu de relance ignorava o fato, porem, o garoto que despachava observava a situação e dizia-me: Vai com Deus.

Passei um bom tempo no supermercado e quando sai avistei a policia e o ilho de satã olhando-me desesperadamente como uma águia sem asas e passei pela igreja rumo ao prédio que moro deixando o demônio com as almas sabidas e entendidas do meu rosário.

PARTE 02

Muitas pessoas pensam que eu suporto todos os acontecimentos que me circundam por covardia, uns chegam a indagar explanações vulgares de que faziam e aconteciam caso fossem eu, mas, eu simplesmente ignoro esses que dizem serem donos de razões primitivas, algozes de uma ideia de vingança, para eu essas pessoas os são outros contadores de prosas, rimas e versos como num conto entre mocinho e bandido.

Eu tenho caráter. Nunca passou pela minha cabeça de igualar-me aos ignorantes, pois, deles são o tormento eterno em morte súbita. Tenho nome e sobrenome, ética, nunca que eu desceria para falar com esses demônios que vestem cor de rosa choque, porque não ser-me-ia elegante baixar minha cabeça para esses que estão no limbo.

Estou a viver feliz com meu rosário apressado e minhas treze almas sabidas e entendidas. Se eles vivem atrás de eu como dizem muitos, eles estão cegos, mortos-vivos, subis das tessituras de uma cidade beira ao caos.

PARTE 03

(Última Parte)

Eu já tive tantos momentos bons que não sei nem bem explicar o quão sou feliz.

Quando nós nascemos, não sabemos porque vivíamos numa preexistência e ao nascermos para essa vida de certezas e duvidas sempre questionáveis merecemos vivê-la, ao que nos é são permitidos, vivemos e eu digo: “Os que vivem veem para o bem e o mal e através dessa incerteza, são ilusórias todas essas passagens da vida de qualquer pessoa e até da minha se assim preciso for diante eu as secundárias histórias paralelas que me circundam.”

Eu sou bastante verdadeiro para mostrar que minha certeza ultrapassa fronteiras das quais eu desconheço e tenho minhas razões para crer que essa tal ilusão é-me real; no entanto, desconheço todos que vivem das ilusões por mais concretas que sejam em suas evoluções terrenas.

Nasce de uma mulher e fui gerado no seio de uma família que por amor me adotou em poesia, alguns pensaram que eu era diferente dos outros, mas, minhas certezas introspectivas cresciam com a firmeza de um clarão espiritual infindo sem uma finita observação.

Quando eu me exponho em dádivas é por saber que eu sou o elo da minha fé comigo mesmo, pois eu sou o bem estar e intrinsecamente a vida.

“Não pensem os que me olham com arrogância que eu sou desprotegido, que eu sou vulnerável aos que fizeram e fazem comigo, sou firme como uma rocha, e quando pensam que sou fraco é por não saber que sou forte esperando a resaca vir sobre os que até então me achavam fraco.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/02/2023
Código do texto: T7728951
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