A PRAÇA
O velho homem se sentou no banco da praça, ele estava fatigado, o tempo passava por ele e para ele a passagem. Fechou os olhos por alguns segundos, sentiu o vento frio em forma de brisa, espreguiçou-se e respirou suave, mais ofegante, depois, inclinou a cabeça em um movimento leve e olhou para o céu nublado, sorriu baixando enquanto os pássaros passavam procurando ninho, a cabeça erguida logo contemplou as árvores em movimento através de seus olhos castanhos.
Gustav Kowdell, pensava que havia esquecido do tempo feitio, mas, ele ainda tinha uma vida cheia de orgiásticos prazeres e paixões dificilmente capazes de fazê-lo esquecer através da brisa em manto num ar perfumado pelas flores que coloriam sua retina ao olhar a natureza do lugar vazio.
O que ele sentia através das recordações era o fato de ele ter se esquecer do tempo. Porém, ele nunca deixou de ir a praça todos os dias, sempre as 17 horas como o seu livro As Montanhas Dos Sete Patamares do Thomas Merton.