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Sincericídio: cutucando onça com vara curta!
No hall do Teresina Shopping, desfilava faceira a bela morena — daquelas de fazer padre trocar 'Jesus por Genésio'.
Cabelos longos e lisos, rosto bem feito, olhar perturbador, a barriguinha 'tanquinho' acentuava as pernas torneadas. E, com graciosa brejeirice, saracoteava suas ondulantes cadeiras — nelas, o bumbum carnudo e convidativo, formato 'Kim Kardashian', complementava o conjunto of magnificent work.
Vestida em decotado cropped de crochê e num shortinho 'faded jeans style', com fendas laterais... sua silueta majestosa se destacava no imenso corredor do centro comercial e entretenimento. Os seios bojudos, incrivelmente levantados, atribuiam-lhe imagem ainda mais sensuality.
Em segundos, a garota diminuiu a intensidade das passadas. Até parar, definitivamente, diante da 'Elegant Woman' — loja de confecções femininas. Na vitrine, olhou curiosa a minúscula lingerie, exposta no manequim do mostruário.
Utilizando as pontas dos dedos, tocou levemente no vidro, como se acariciasse a textura da calcinha preto-transparente. "Que coisa mais safada e gostosa!", murmurou baixinho. Fechando suavemente os olhos negros, imaginou-se vestindo a desejada peça íntima. E, naquele exato momento...
___ Ficaria divina, nessa tanguinha very seeexy! (alguém chavecando ao seu lado)
___ Falando comigo? Ah, agradecida! (ela... assustada com a 'direta')
___ Com esse corpaço, morena... qualquer lingerie 'arrebenta' teu sexy appeal! (ele... se sentindo encorajado)
___ Hummm
___ Você é uma Deusa! Deve recebê centenas de elogios, todo santo dia! (ele... bem ousado)
___ Ahhhhh
___ Se Deus fez algo mais perfeito... não mandou pra esse mundo, não! (já disparando um torpedo)
___ Como? É comigo mesma? (ela... bastante desconfortável)
___ Aliás, morena... você tem 'le cul fantastique'! Abundância que faltava pra minha felicidade! (ele... mirando descaradamente o traseiro feminino)
___ Não acredito no que ouvi, agora! (ela... já sem paciência com o rumo da conversa)
Incomodada com o atrevimento daquele abusado desconhecido, deu dois passos pra trás, observando com malquerença o corpo magro do seu interlocutor...
___ Entendo sua carência, meu rapaz... sua bunda é chulada mesmo! Num dá pra enchê 'pastel de carne moída'! E seu palito pequeno não me serve nem pra fazê cócegas!!!
Post Scriptum
Sincericídio é a exposição de uma verdade relativa, baseada em uma interpretação pessoal. O autor fala sem pensar, se machuca ou não com quem conversa: "Não tá nem aí para sentimento alheio; tampouco, se o comentário é conveniente socialmente!".