264 Para ser um bom policial

A partir do ano de 1986 até 2008 prestei serviços como investigador da Polícia Civil do Estado de Goiás. Não existe uma escola para a formação de um bom investigador. Alguns nasceram com o dom e são melhores. No meu entendimento, um bom investigador precisa se concentrar na cena do crime e circunstâncias, não temer o mundo do crime, colher muitas informações; e ganhar a confiança do acusado para obter uma confissão.

Por ser calmo, observador e atencioso com a bandidagem era colocado na frente de algumas investigações. Antes de entrar para a Polícia Civil, era soldado e cabo da Polícia Militar e trabalhei muito tempo em presídios onde dialogava com muitos criminosos. Isso me deu uma vasta experiência.

Certa vez na delegacia de Polícia de Rio Verde, prenderam um homem de meia idade acusado de furtar 19 cabeças de gado, e que durante todo o expediente não confessou a autoria do crime. Fui designado pelo delegado a levar o preso para a cidade de Santa Helena onde ocorreu o furto, na companhia de dois colegas policiais. Já dentro da viatura eu disse para os colegas deixarem eu conversar a sós com o investigado. Em pouco tempo de conversa, o suspeito confessou o crime.

Goiânia, 11-04-2022

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 11/04/2022
Reeditado em 12/04/2022
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