A sapatada.

A Sapatada salto agulha.

Um dia desses ouvi a narrativa de um senhor que dizia a um amigo em um papo muito informal, como tenho o costume de observar o cotidiano a cada pessoa, resolvi parar para escutar:

... foi, recebi uma sapatada na cabeça que me deixou meio tonto, quase me desmaiei, era um sapado de mulher... daqueles que elas dizem salto agulha, aquela parte mais pontiaguda acertou próximo a minha nuca, foi com um violento impacto, até sofri um sangramento, isso aconteceu quando eu estava próximo à essa pracinha, caminhava despreocupadamente por uma dessas passarelas arborizadas, no momento fiquei muito furioso, enquanto eu estava com a arma do crime em mãos(sapato) percebi uma elegante senhora descalça levava em mãos um pé desse par, apavorada gritava por socorro, que alguém à ajudasse, no momento sofreu uma violência sexual, fui ao encontro dela a fim de ajuda-la, perguntei o que houve ela detalhou os fatos:

- Estacionei meu carro debaixo daquela sombra, fazia meu trajeto até a boutique a pé, pretendia trocar um calçado que comprei para meu uso nesse final de ano; era um tamanco de madeira pesada, não pelo fato de ser tamanco, é que ficou um pouco desconfortável aos meus pés, iria trocar por outro mais folgado, talvez eu nem o usaria, mas pelo vício de consumo, comprei o . Disse ela em momento de pavor.

- ... Sim... tudo bem, mas por favor, volte o assunto inicial...

- Eu passava do lado daquela grande muita de coqueiro ornamental, súbito um personagem saltou fora dessas ramagens, acelerei os passos na finalidade de me desvincular dessa insistência do tal, mas porem ele me alcançou, percebi e fiquei muito assustada, consegui andar uns oitos metros a frente, enquanto ele me dizia palavras de baixo calão, infelizmente não havia quase ninguém na rua, e a única que me vinha em direção contrária me atrapalhou ganhar distância, foi quanto o marginal me alcançou, me agarrou, prendeu meus braços e passavas suas mãos em minhas partes íntimas, dizendo sussurros de provocação sensual, dizia meu nome com o mesmo sotaque de um antigo namorado, "Justino" achei que fosse ele, gritei bem alto pedindo socorro que eu estava sendo atacada por um tarado, ele me soltou, enquanto corria a frente, não pensei mais nada, retirei meu sapato e atirei com bastante força, não consegui alvejar o tal. Disse a senhora ofegante, de língua de fora.

- A senhora me acertou, e o ferimento foi grave, preciso de um socorro urgente, o sangramento está aumentado. Disse o rapaz inocente.

- Olhe moço, eu vou lhe cuidar, sou enfermeira profissional, em minha casa tenho um pequeno espaço para qual quer curativo, como hoje é feriado, poucos estabelecimentos estão atendendo, se você quiser posso fazer esses seu curativos, vamos, meu carro está bem ali.

Primeiro a senhora vítima desse assédio violento, rapidamente, resolveu o caso da troca dessa compra equivocada, logo as duas vítimas seguiram para resolver o ferimento do rapaz, o corte media dois centímetros, a enfermeira, depois da limpeza do local, realizou os Pontos de sutura no ferimentos, assim mesmo aconselhou que o rapaz fosse al médico quando recomeçasse os dias úteis...

Logo a polícia foi avisada, e em breve Bete fora chamada a delegacia para reconhecimento dos meliantes, Betinha disse sem errar – É aquele de número cinco, certeza.

- Cuidado, você pode se equivocar, tem certeza? Insistiu o delegado a fim que tudo fique confirmado com veemência.

- Há uns oito anos passado, fui namorada dele, conheço muito bem, só que naquela época, ele não era marginal, tornou-se depois, quando vi o rosto dele no ato criminoso, percebi essa possibilidade de ser esse meu antigo namorado, muitas vezes ele me ameaçava para isso, hoje aconteceu, nada tenho o que fazer senhor delegado, prenda-o, além de ser preso, perdeu a chance de sermos bons amigos. Completou Bete com sua fala decisiva, dizendo ao Dr. Da lei as despedidas... thau, muito obrigado, bom começo de semana.

- Não!... onde vais senhora, esta história ainda não acabou, no momento que você atirou o sapato, você atingiu um transeunte que por ali transitava, sabemos que você esteve contato com esse vitimado inocente, queremos explicações sobre isso. Disse o senhor delegado em tom de autoridade.

- O rapaz estava com grande ferimento causado pelo choque do sapato que eu atirei no tarado, errei o alvo, acabei acertando esse rapaz, sou enfermeira credenciada profissional, levei o rapaz para casa e fiz uns tratamentos de socorro urgente para estancar o sangramento, fiquei informada que o rapaz está bem, em sua própria casa em repouso, vejo que nada pesará para mim, fiz as coisas correta, fiz não dr.?

- Confesso que você também está em falta com a lei, pelo que a polícia tá informada, essa vítima inocente está internada em um hospital, essa salto pontiagudo de seu sapato, perfurou um dos vasos sanguíneos de muita periculosidade, você também terá que arcar com essas consequência, porque não procurou a polícia e relatou esses fatos? estávamos abertos ao atendimento nesse horário do crime.

A enfermeira Bete, foi obrigada passar frente a lei várias vezes para explicar o resultado desse caso, o tarado foi preso, o rapaz atingido pelo salto agulha do sapato de bete, se feriu até pode se dizer gravemente, sem culpa nenhuma, já está recuperado, quem mais foi prejudicado, rapaz transeunte, a moça continua inviolada, esse ataque não chegou via de fatos. 28/12/2021

Nome dos personagens – O transeunte: Bartolo Guimarães.

Nome do marginal: Guilhermino Justino.

Nome da senhora que trocaria o calçado em compra indevida: Elizabete Benevides.

Nome do Delegado: Dr. Falcão Oliveira.

 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 28/12/2021
Reeditado em 29/12/2021
Código do texto: T7416677
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