MINHAS AÇÕES, ENTRE OUTRAS REAÇÕES.
A vida para quem ama, por muitas vezes é como se fosse um lenço de papel fino que se dissolve no choro de uma partida, de uma ilusão, de uma vontade momentânea ou de uma saudade levada pela teimosa lágrima que insiste mergulhar os olhos em prantos.
Em muitos casos, a vida, é o reflexo de um espelho que jamais quebrará as lembranças vividas por aqueles que souberem aproveitar cada partícula do tempo dedicado ao amor, a esperança, a vontade de descobrir o seu próprio ser, como um ser verdadeiramente capaz de viver e conviver com todos os sentimentos que a vida ou o destino lhe proporcionara.
Na fúria dessas lutas desenfreadas em busca das conquistas, as vezes nos perdemos sem dar valor ao que de fato existe e está bem aqui ao nosso lado, por vezes cobrando, chegando até mendigar (um qualquer) pouco de atenção.
Quando perdi meu sono, vi quão falta me fez os sonhos que deixei de sonhar, por ilusionar acordado coisas que jamais poderiam me pertencer.
Tive (e ainda tenho, pois vivo estou) vontades, desejos, taras, manias, fantasias e tesões que desenho nas paredes da mente, numa fração transitória em que sei que tais sentimentos (por muitas vezes) são fúteis, efêmeros e que passará com a mesma velocidade do vento, que sopra o pé de flamboyant que existe na frente da praça de uma casa onde um dia more.
Uma vez um poeta me disse: “O tesão que sentimos por alguem é muito grande, mas depois da gozada, torna-se irrelevante, pois a vontade passou, o ato aconteceu e nem sempre é (ou foi) tão bom como a gente imaginava e aí vem as dúvidas em forma de tortura: VALEU APENA FAZE-LO”?
Mergulhei no modo reflexivo ao ouvir tais palavras por ele proferidas, como se acentuasse cada frase e compreendi que a seriedade do fato é riquíssima em teor compreensivo.
Efemeridades, explosões do momento, sentimentos fragilizados numa falsa conquista de idealização passageira. Procurar sempre não fazer das armas da compreensão, armadilhas para a desolação, é um ato de vasto pensar e enriquecimento de espirito, que trará a satisfação plena sem que haja choros e nem lamentos no prosseguir dos passos.
Tudo é vaidade (Como disse o sábio Salomão) e por vezes nos prendemos e nos perdemos a sentimentos que não nos levarão a nada e a lugar algum.
Depois do TIC, sempre vem um TAC. Na vida os complementos desses elementos também são assim, e eu os resumiria na velha frase dita, em que toda ação, tem sempre uma reação.
Aquele lenço de papel, citado no inicio dessa narrativa, poderá não chegar ao nosso alcance para secar nossas lágrimas, e a solidão poderá ser, a pior companhia que seu corpo e sua mente imaginaria ser necessário ter.
Carlos Silva