220 Não mais um ladrão

Além de faixa preta em Judô, gosto de pedalar para me exercitar e respirar ar puro. Às vezes vou de bike para o meu trabalho, onde sou diretor de uma multinacional. Também faço palestras sobre empreendedorismo.

Certo dia, como de costume, fui pedalar num parque natural da cidade, e estacionei minha bike e entrei numa lanchonete, e sempre com “um olho no peixe e outro no gato”. De repente um jovem pegou a minha bike e saiu correndo, mas eu o alcancei e o derrubei numa distância de 20 metros. Depois de o esmurrar bastante, eu disse para ele: Rapaz, Deus não nos fez para subtrair e sim para somar. Não devemos tirar nada de ninguém; o que é do outro é do outro. Nem mesmo esta cordinha sem valor no meu pescoço pode ser roubada, porque significa muito para mim. Agora se acharmos algo abandonado, não estaremos cometendo mal algum.

Dei a ele um cartão pessoal e disse para me procurar que lhe arrumaria algo de bom. Passados 5 anos eu o promovi por ser um bom funcionário. É também meu amigo de confiança. De vez em quando ele diz: Nunca esqueço daquela grande lição! Obrigado, amigo!

Goiânia, 12-06-2021

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 12/06/2021
Reeditado em 12/06/2021
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