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(Imagem do Google)

Anjo de candura
Vejo a infância  tal qual aquele riacho de águas cristalinas onde as águas valseando sobre as pedras conotam o quê há de mais belo em nossa existência neste  universo, inspirando versos, desatando reversos.
Há uns dois anos natalinos, fui a uma agência dos correios em Belo Horizonte em busca de uma cartinha endereçada ao Papai Noel, cartinha essa certamente vinda de uma criança desprovida de seus direitos fundamentais.

 Cheguei em casa, abri a cartinha,  a apresentação no primeiro parágrafo e posteriormente   o pedido , o qual  me comoveu imensamente: uma caixinha de lápis de cor. Num segundo ,colori todos os mares, os céus, pintei a lua de amarelo ouro, colori São Jorge todo pomposo em seu cavalo, contemplei campos vastos de girassóis, avistei pessegueiros sendo colhidos juntamente com as jabuticabas pretinhas ,assim imaginava  os olhos da criança , embora não a conhecesse, eu já me tornara sua confidente.

Busquei a caixa mais colorida , o azul mais intenso, o verde em vários tons, esmeralda ao lado colorido  da relva orvalhada, o vermelho que corre naquelas veias transbordando vivacidade, todas as cores ali   compunham uma aquarela sem igual.    Embrulhei em um papel também colorido, juntamente com um bilhetinho, fiz um laço de fita e  deixei no correio com a sensação de que fora um dos melhores presentes  recebidos por mim , vindo dessa pequena, terna desconhecida, em dado momento por mim acolhida. 

 
Rosa Alves
Enviado por Rosa Alves em 16/12/2019
Reeditado em 28/08/2020
Código do texto: T6820511
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