Que estranho!

Vivi num tempo de se tomar tendência com
castigos e, ao mesmo tempo, de deixar o
rock rolar.
O cachorro comia resto, o gato comia rato,
a água era de poço, a sopa era de osso,
Haviam letras nas músicas e letrinhas nas sopas também...
Tempo das cartas e dos cartões postais... calças curtas, 

"Pedagógicos" corriões... e os elegantes suspensórios...
Tempos de Pátria, respeito, inesquecíveis 
lições...
Tempo que para pedir a benção, beijava-se
as grossas e calejadas mãos... pegava-se
o bonde andando... e da mesma forma, dele
apeava-se, de cabeça erguida, e protegida
pelo charme de "fakes" chapéus Panamá,
mas sem perder a pose e com estilo...
próprio da belíssima época!
Tempos da finíssima malandragem...
Mas também das tensas giletes e navalhas...
Coretos, realejos e namoros nas praças...
Agora, pasmem... com toda limitação e
rusticidade desse tempo ido, lá na lua de
São Jorge, o homem chegou a pisar... é
vero... e já faz tempo!!!