(tradução abaixo do original em inglês)
 
 
A LESSON ON COEXISTENCE

 
He was the underdog.  He went to school in tattered clothes, a washed-out keffiyeh and old beaten up tennis shoes. The teacher tried to protect him from bullying, but to no avail. He was often found cowering in a corner. “He´s trying to escape the crowd”, she thought, and so tried talking to the kids about it.

“But he provokes us”, said one.

“He says we´ll all go to hell and he´s going to paradise’, said another.

“He calls us infidels”, said a third one. “He tells us we should all drown in the sea!”

She finally got the bunch of them together and gave them a lecture on how to understand, love and accept people who are different from us, and how to coexist with those differences. She explained how the news magnify incidents and that most stories about terrorism weren´t really the way they showed. So the kids began making a point of inviting the boy into their games, sharing pencils and notebooks, but he kept to his corner.  The teacher smiled in approval. “We will soon see a difference in his attitude!”

However, one day he stopped going to school altogether, and didn´t show up at their Spring Party. The teacher was concerned so she decided she should pay his parents a visit.

The kids found her stoned body the next day at the school´s playground. She had a note pinned to her chest:

“Our children will not be taught by infidel whores!”

 
Versão em português:

 
UMA LIÇÃO DE COEXISTÊNCIA

 
Ele era o desprezado.  Ia para a escola com roupas surradas, um keffiah desbotado e tênis velhos e muito usados. A professora tentava protegê-lo do bullying, mas sem resultado. Ele era muitas vezes encontrado encolhido num canto. “Está tentando escapar da multidão”, pensava ela, e então tentou falar com as crianças a respeito do assunto.

“Mas ele nos provoca”, disse um.

“Ele diz que nós todos vamos pro inferno e ele vai pro paraíso”, disse outro.

“Ele nos chama de infiéis”, disse um terceiro. “Ele nos contou que nós devíamos ser afogados no mar!”

Ela finalmente reuniu todos e lhes passou um sermão em como entender, amar e aceitar pessoas que são diferentes, e como coexistir com essas diferenças. Ela explicou como as notícias magnificam incidentes, e que a maioria das histórias sobre terrorismo não eram como estavam sendo apresentadas na mídia. Os meninos começaram então a fazer seguro que o garoto era convidado às suas brincadeiras, e compartilhavam lápis e cadernos com ele, mas ele continuou no seu canto. A professora sorriu em aprovação. “Logo veremos uma mudança na atitude dele!”

Um dia, entretanto, ele parou totalmente de ir à escola, e não apareceu na Festa de Primavera. A professora ficou preocupada e decidiu visitar os pais do menino.

No dia seguinte, as crianças encontraram seu corpo apedrejado no parquinho da escola. Ela tinha uma nota pregada no peito:

"Nossos filhos não serão intruídos por prostitutas infiéis!”
 

 
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 27/03/2017
Reeditado em 27/03/2017
Código do texto: T5953037
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