NO SOPÉ DA MONTANHA GELADA
Montanha gelada, flores azuis num pequeno vale verde umedecido, céu de brigadeiro, frio e sereno. Em meio a tudo isso , um boneco sem olhos, sem vida, manchado de sangue , com um só braço, parecendo defeito de fábrica, ao seu lado, duas cruzes, sem nome, apenas com dois período de datas. A primeira - 1975 -1997 e a outra - 1994_ 1997, entre as duas, um laço escarlate que as unia. Jovens vidas perdidas. O motivo das mortes, ninguém no sopé da montanha conhecia, sabia-se apenas, que um alpinista encontrou as cruzes numa de suas escaladas habituais. Mistério gelado ou não, mas, algumas pessoas se habituaram a pedir milagres junto a esse mórbido monumento. Acreditavam que as rezas, alcançavam graças, pelo sim, pelo não, mesmo os descrentes "passavam" por aquele lugar "sagrado", só para conferir o movimento. Por tantos comentários em redes sociais melhoraram as trilhas para os milhares de turistas que visitavam o lugar. Anos e anos passados e até hoje, ninguém sabe dizer, quem eram as pessoas cultuadas como milagreiras em suas gélidas moradas, ao sopé da montanha.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2015.
Montanha gelada, flores azuis num pequeno vale verde umedecido, céu de brigadeiro, frio e sereno. Em meio a tudo isso , um boneco sem olhos, sem vida, manchado de sangue , com um só braço, parecendo defeito de fábrica, ao seu lado, duas cruzes, sem nome, apenas com dois período de datas. A primeira - 1975 -1997 e a outra - 1994_ 1997, entre as duas, um laço escarlate que as unia. Jovens vidas perdidas. O motivo das mortes, ninguém no sopé da montanha conhecia, sabia-se apenas, que um alpinista encontrou as cruzes numa de suas escaladas habituais. Mistério gelado ou não, mas, algumas pessoas se habituaram a pedir milagres junto a esse mórbido monumento. Acreditavam que as rezas, alcançavam graças, pelo sim, pelo não, mesmo os descrentes "passavam" por aquele lugar "sagrado", só para conferir o movimento. Por tantos comentários em redes sociais melhoraram as trilhas para os milhares de turistas que visitavam o lugar. Anos e anos passados e até hoje, ninguém sabe dizer, quem eram as pessoas cultuadas como milagreiras em suas gélidas moradas, ao sopé da montanha.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2015.