SÓ A RUA POR TESTEMUNHA (mini conto)
Poucas pessoas na rua, dois ratos claros, em separado, rodeando, cercando a presa, fazendo de forma ardilosa, com que ela caia no bote, há dez minutos sendo elaborado. Bolsa cara, falando com o celular na mão, muito distraída, pobre moça, não está atentando para o perigo que está correndo. De um repente, um salto ágil, celular em outras mãos, moça caída no chão, outro moleque pega a bolsa e rapidamente ela está só, sem bolsa, sem celular, com os cotovelos machucados e sangrando pela queda, ninguém mais à vista, só a rua vazia por testemunha.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 03 de junho de 2015.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 03 de junho de 2015.