DOIS VALENTES EM DISPUTA.

JUCÃO NA PONTA DA PEIXEIRA, QUASE MORRE.

Como um cachorro cansado, de língua vermelha de fora pingando suor. Ele chegou cansado quase a afronta desfalecendo.

Era ele mesmo, Juca havia levado uma enorme carreira de um senhor, um de seus desafetos é que em momento de crise Juca o grandalhão cometia muitos exageros, vai dai que dia após dia aumentava sua casta de inimigo.

Naquele dia em que Juca pretendia acabar com aquela festa dançante, achincalhou todos que estava neste salão; Sua palavra de baixo calão ofendeu diretamente a alguns que ali se divertia, neste dia não houve confusão porque todos estavam mais preocupados com a dança que com os insultos deste personagem de nome Juca, mas; pelo fato de que ele se tratava de um sujeito de estatura grande o chamavam de Jucão.

Naquela tarde de Domingo Jucão caminhava pelas aquelas estreitas estradinha logo depois de concluir uma das suas tarefas a qual ele praticava algumas vezes por mês, serviço de verificar as cercas da propriedade.

Ao se aproximar da ponte que atravessava o riacho, veja lá quem também pretendia atravessar no mesmo momento, lá vinha Manelão que já estava chegando do povoado, havia ido fazer compras para despesas mensal, conduzia uma carroça daquelas da roda de ferro, ele estava de companhia com sua esposa e sua filha já mocinha. Manelão era um dos frequentadores destes bailes caipira que acontecia nestes povoados, o temido Manelão da Peixeira, sujeito cruento rui que só sopa de piranha, por qualquer motivo já ele estava fazendo uso da sua afiadíssima faca a qual sempre a levava na cintura presa com a bainha na cintura.

Manelão não conhecendo direito outro ao qual viria em mesma direção, foi logo aos gritos perguntando:

- Quem vem lá?... Diga o nome logo antes de eu atravessar a ponte... Vou atravessar a ponte.

Mãnelão também era muito precavido, também tinha seus inimigos residentes neste local. Ai lá do outro lado respondeu:

- Sou eu, Jucão, dono destas terras aqui do lado. Lembra-se de mim?

- Ora como não, lembro sim seu Juca, faz tempo que eu gostaria de encontrar frente a frente com você, tenho que passar uns corretivos, vamos afiar as conversas, eu sou o Manelão, aquele que dançava naquele baile daquele dia. Lembra não? ... Você xingava todos acusando por nomes, lembra que você disse que minha esposa seria mulher de vida fácil, que eu seria um corno, Lembra não seu Juca?

- Ah. Aquilo são crises que me acontecem ás vezes, leva mal não seu Manelão, somos amigos.

- Amigo não, seu cabra, amigo não diz isso a amigo, agora vou lhe mostrar quem é esse corno, vou lhe tolá a peixeira em seu bucho já neste momento seu fio de uma égua rinchadeira.

Jucão percebendo que a coisa não era brincadeira tratou logo de dar no pé, corria que nem um cervo campineiro e seu Manelão com a peixeira em punho atrás quase roçando seus calcanhares.

- Espera Ai seu fio de uma porca, que eu quero derrubar todas suas tripas ao chão.

A esposa e filha gritavam:

- Deixa isso pra lá Manel.

- Não faça isso pai.

Desta vez Jucão aprendeu uma daquelas lições, por pouco Jucão não estaria morto, mortinho da silva, sorte que Juca se enfiou em meio ao capinzal.

No dia seguinte o Jucão estará procurando uma forma de se curar deste mau que tanto lhe afligem, e não mais aprontará mais destas provocações, não haverá mais razões para agir desta forma tão violenta, ele procurará a sua cura desta vez consultará com um afamado Guru espiritual; pai de santo que está estabelecido nesta vila nesta pequena vilareja.

Jucão um caso para se pensar.

(antonio herrero portilho/05/11/2014.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 05/11/2014
Reeditado em 07/11/2014
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