DIÁRIO DE UM BRASILEIRO
A vida como não deveria ser, mas é?
O DIA DO CÃO
Maria e José tinham planejado há muito tempo a conquista de sua casa própria, agora isso tinha se tornado realidade, todos estavam se mudando, a correria era imensa, leva pra cá, leva pra lá. A rua onde iria morar ninguém ficava parado, arrumando pra cá, desarrumando pra lá, cachorro correndo, menino gritando, mulheres conversando, era um furdunço aquela nova vila do programa minha casa, minha vida. Depois de muita luta, o resto da tarde foi para conhecer melhor os vizinhos. Do lado esquerdo mudara um casal evangélico com um filho de uns dez para onze anos, olhar estranho, jeito estranho, atitude estranha, principalmente quando pegava seu cão pelo pescoço, puxando suas orelhas e pendurando o pobre coitado pelas patas traseiras deixando o coitado em pânico. Do lado direito os vizinhos até sorriam, mas tinha alguma coisa estranha o sorriso da mulher era puro disfarce, como se fosse forçado. A adolescente não levantava a cabeça, apesar de muito simpática. O homem da casa era pra frente, sorriso aberto, ficava sem camisa mostrando seu corpo, segurando sempre em uma das mãos sua cerveja preferida. O dia foi embora, José e Maria que planejavam agora ter seu filho entram sorrindo em sua tão sonhada casa, ficaram por algum instante olhando para o teto e as paredes, como se não estivessem acreditando na realização do sonho. A noite mau começou e os vizinhos começaram a chamar atenção. O cachorro latindo, o pai do menino reclamando e sua o ameaçando. Do outro lado o marido já bêbado no quarto gritando com sua mulher, a adolescente sentada no sofá recolhida com medo assistindo TV. Aquela primeira noite ali parecia que ia deixar Maria e José acordado por muito tempo, isso foi fato. O cachorro parecia latir com fome, cada vez latia mais. O pai do menino o ameaçava, a mãe também fazia ameaça. Maria ia passando pela janela quando viu o marido da outra vizinha a esbofeteando enquanto segurava sua cerveja com a outra mão, quase derramando por completo. A mulher baixou a cabeça e consentiu outra tapa, caindo ao chão sem reclamar ou falar mais. O agressor saiu do quarto a trancando e fazendo ameaças. Maria ficou por alguns instantes aguardando para vê se a mulher levantava ou fazia qualquer reação, isso não ocorreu, então voltou para perto de seu marido preocupada, falou alguma coisa e foi para a cozinha preparar comida. Maria pensativa e de cabeça baixa começa a arrumar a comida, por instinto olhou pela a janela da cozinha quando viu parado no outro quintal a criança segurando o cão pelas orelhas. Seu olhar era de ódio, aquele menino não era normal, caladão, olhar frio, coitado daquele cão, o coitado só grunhia bem penoso. Aquela cena fez Maria ficar preocupada com a mulher, será que estava bem, tinha se recuperado ou estava desmaiada, morta. Muitos pensamentos passaram por sua cabeça enquanto andava até a outra janela. Maria olhou pela janela e nada viu, parecia que tudo estava calmo, mas seu instinto lhe dizia que não, então começou a percorrer com seus olhos criteriosos a casa do vizinho. Para sua surpresa se deparou com uma sena que nunca imaginária. O bêbado cercava a adolescente de um lado para o outro, retirando suas roupas, nada o impedia. Maria ficou sem fala, não sabia o que fazer, envolver seu marido poderia ser pior, o estuprador poderia mata-lo. A mãe não aparecia para socorrer a filha e o agressor já retirava suas roupas, a cena era horrível, mas o que fazer, sem saber como agir ou reagir Maria retornou para a cozinha quando se deparou com o menino do outro vizinho chutando o cão com raiva enquanto olhava com o olhar frio para sua janela. Sua reação foi correr em direção de seu marido, quando chegou perto que ouviu o barulho de uma sirene de polícia, logo imaginou, alguém denunciou o estuprador. Logo a rua ficou cheia de polícia por todo lado. Um adolescente tinha filmado com seu celular o menino sinistro maltratando o cão, colocando em seguida o filme nas redes sociais o qual foi compartilhado por muita gente, chegando às autoridades, que logo após com a pressão popular tomaram a devidas providências salvando o pobre cão das mãos malvadas do jovem vizinho. Maria agora preocupada com a adolescente que tentava sem êxito sair das garras de suposto pai voltou para a janela e começou a percorre com seus olhos a casa do vizinho na esperança de encontrar algum sinal. Para sua surpresa encontrou o agressor e estuprador conversando animadamente com um dos policiais como se fossem velhos amigos. Maria pensou, refletiu, seu coração chegou perto da boca, mas não reagiu. Antes de sai de perto da janela ouviu a conversa do policial e o agressor estuprador: “Amanhã estou de serviço, vou tomar umas, mas estarei lá para mais um plantão – Disse o estuprador – Tudo bem e como vai sua mulher e sua enteada – Disse o policial – Vão bem, obrigado – Respondeu o estuprador que ao retornar para dentro de sua casa percebeu Maria na janela, tentou disfarçar, mas acabou emitindo um olhar de ameaça. Maria fechou a janela e nunca mais abriu. A polícia foi embora e tudo na rua voltou ao normal.
A vida como não deveria ser, mas é?
O DIA DO CÃO
Maria e José tinham planejado há muito tempo a conquista de sua casa própria, agora isso tinha se tornado realidade, todos estavam se mudando, a correria era imensa, leva pra cá, leva pra lá. A rua onde iria morar ninguém ficava parado, arrumando pra cá, desarrumando pra lá, cachorro correndo, menino gritando, mulheres conversando, era um furdunço aquela nova vila do programa minha casa, minha vida. Depois de muita luta, o resto da tarde foi para conhecer melhor os vizinhos. Do lado esquerdo mudara um casal evangélico com um filho de uns dez para onze anos, olhar estranho, jeito estranho, atitude estranha, principalmente quando pegava seu cão pelo pescoço, puxando suas orelhas e pendurando o pobre coitado pelas patas traseiras deixando o coitado em pânico. Do lado direito os vizinhos até sorriam, mas tinha alguma coisa estranha o sorriso da mulher era puro disfarce, como se fosse forçado. A adolescente não levantava a cabeça, apesar de muito simpática. O homem da casa era pra frente, sorriso aberto, ficava sem camisa mostrando seu corpo, segurando sempre em uma das mãos sua cerveja preferida. O dia foi embora, José e Maria que planejavam agora ter seu filho entram sorrindo em sua tão sonhada casa, ficaram por algum instante olhando para o teto e as paredes, como se não estivessem acreditando na realização do sonho. A noite mau começou e os vizinhos começaram a chamar atenção. O cachorro latindo, o pai do menino reclamando e sua o ameaçando. Do outro lado o marido já bêbado no quarto gritando com sua mulher, a adolescente sentada no sofá recolhida com medo assistindo TV. Aquela primeira noite ali parecia que ia deixar Maria e José acordado por muito tempo, isso foi fato. O cachorro parecia latir com fome, cada vez latia mais. O pai do menino o ameaçava, a mãe também fazia ameaça. Maria ia passando pela janela quando viu o marido da outra vizinha a esbofeteando enquanto segurava sua cerveja com a outra mão, quase derramando por completo. A mulher baixou a cabeça e consentiu outra tapa, caindo ao chão sem reclamar ou falar mais. O agressor saiu do quarto a trancando e fazendo ameaças. Maria ficou por alguns instantes aguardando para vê se a mulher levantava ou fazia qualquer reação, isso não ocorreu, então voltou para perto de seu marido preocupada, falou alguma coisa e foi para a cozinha preparar comida. Maria pensativa e de cabeça baixa começa a arrumar a comida, por instinto olhou pela a janela da cozinha quando viu parado no outro quintal a criança segurando o cão pelas orelhas. Seu olhar era de ódio, aquele menino não era normal, caladão, olhar frio, coitado daquele cão, o coitado só grunhia bem penoso. Aquela cena fez Maria ficar preocupada com a mulher, será que estava bem, tinha se recuperado ou estava desmaiada, morta. Muitos pensamentos passaram por sua cabeça enquanto andava até a outra janela. Maria olhou pela janela e nada viu, parecia que tudo estava calmo, mas seu instinto lhe dizia que não, então começou a percorrer com seus olhos criteriosos a casa do vizinho. Para sua surpresa se deparou com uma sena que nunca imaginária. O bêbado cercava a adolescente de um lado para o outro, retirando suas roupas, nada o impedia. Maria ficou sem fala, não sabia o que fazer, envolver seu marido poderia ser pior, o estuprador poderia mata-lo. A mãe não aparecia para socorrer a filha e o agressor já retirava suas roupas, a cena era horrível, mas o que fazer, sem saber como agir ou reagir Maria retornou para a cozinha quando se deparou com o menino do outro vizinho chutando o cão com raiva enquanto olhava com o olhar frio para sua janela. Sua reação foi correr em direção de seu marido, quando chegou perto que ouviu o barulho de uma sirene de polícia, logo imaginou, alguém denunciou o estuprador. Logo a rua ficou cheia de polícia por todo lado. Um adolescente tinha filmado com seu celular o menino sinistro maltratando o cão, colocando em seguida o filme nas redes sociais o qual foi compartilhado por muita gente, chegando às autoridades, que logo após com a pressão popular tomaram a devidas providências salvando o pobre cão das mãos malvadas do jovem vizinho. Maria agora preocupada com a adolescente que tentava sem êxito sair das garras de suposto pai voltou para a janela e começou a percorre com seus olhos a casa do vizinho na esperança de encontrar algum sinal. Para sua surpresa encontrou o agressor e estuprador conversando animadamente com um dos policiais como se fossem velhos amigos. Maria pensou, refletiu, seu coração chegou perto da boca, mas não reagiu. Antes de sai de perto da janela ouviu a conversa do policial e o agressor estuprador: “Amanhã estou de serviço, vou tomar umas, mas estarei lá para mais um plantão – Disse o estuprador – Tudo bem e como vai sua mulher e sua enteada – Disse o policial – Vão bem, obrigado – Respondeu o estuprador que ao retornar para dentro de sua casa percebeu Maria na janela, tentou disfarçar, mas acabou emitindo um olhar de ameaça. Maria fechou a janela e nunca mais abriu. A polícia foi embora e tudo na rua voltou ao normal.