A Esposa do Artesão
A Esposa do Artesão
Todos os anos, em razão da grande festa do sacrifício, cada chefe de família muçulmano sacrifica um carneiro, é uma honrosa forma de homenagear e também um motivo religioso. Até os mais pobres tem que de alguma forma procurar de todas as formas pagar tal sacrifício moral, e assim temos centenas de historias que são narradas.
Uma vez um pobre artesão, queria saber se realmente sua mulher o amava. Quando chegou a ocasião da festa do sacrifício, quis por em pratica tal pensamento, comprou um carneiro, e deixou escondido com um vizinho com a recomendação de não dizer a ninguém tal ato.
Voltou pra casa e disse à sua esposa: Escute, minha querida, nos somos muito pobres e não temos como sacrificar um animal para satisfazer os deuses... Espero que você entenda e este ano renunciar à carne, e entender a razão.
Mas, “a esposa começou a lamentar-se , repetindo em continuação” não está bem passar as festas sem um carneiro! Vá em busca e traga um belo carneiro para podermos sacrificar”
No dia seguinte o artesão voltou pra casa e disse à sua esposa: O Sultão soltou um comunicado que quem suportar cem chicotadas em seu dorso, poderá ganhar um carneiro como recompensa. O que você acha? Devo sacrificar-me?
Faça aquilo que você quiser, respondeu a mulher, mas você tem um dever a cumprir, e sem carneiro, não volte pra casa.
O pobre artesão disse: Então em nome de Ala! Se assim for necessário, irei por minhas costas a serviço do carrasco.
Deu as costas à sua mulher e foi se dirigindo ao portão quando escutou ela gritando: Espere!
Parou esperançoso e já imaginando ouvir, deixa pra lá, podemos sim esperar até o próximo ano, para comermos tal prato...
Se girou e voltou seu olhar para a mulher que lhe disse: Lembrei-me agora mesmo que também minha mãe está sem carneiro para o sacrifício, será que você pode tomar duzentas invés de cem chibatadas e trazer dois carneiros pra casa?