E como a vida ensina

E COMO A VIDA ENSINA!

Ela que nada aprendera, muito mimada não precisava trabalhar... Aprendera sim exigir muito sem nada fazer.

Seu grito era uma ordem... Seus suspiros... Preocupação!

E aí nasceu a arrogância já nos primórdios da infância.

Querendo tudo, não dividindo nada... Olhando o mundo por cima com verdadeira altivez de fidalgos dos tempos idos, a menina cercada de luxos e mimos ia se tornando uma pequena tirana, daquelas que inspiram medo e ao mesmo tempo ódio pelas atitudes grotescas.

Consideração, não fazia parte de seu vocabulário, delicadeza muito menos... E assim aquela pobre menina mimada, rica em defeitos e maldades foi crescendo sem amigos, sem perspectivas para o futuro.

Pensavam seus pais... Futuro é ter muito dinheiro!

Com ele compra se tudo e oferece toda felicidade do mundo. Achavam graça na sua maneira altiva de tratar a criadagem e fazer valer seus caprichos!!

Já mocinha desejou arrumar namorado... Alguns interessados apareceram seduzidos pela riqueza, entretanto nada dava certo, era conhece La um pouco e sair fora porque ninguém queria tonar se escravo, mesmo sendo ela linda, loura, olhos azuis faiscantes

Silhueta invejável... Terrivelmente bela!

Mas, a arrogância em pessoa, impossível Suporta La.

A criadagem da casa pisava em ovos ao dirigir se a ela.

Tinha apenas um irmão, o qual saira logo cedo para estudar e pouco freqüentava a casa paterna por discordar da educação oferecida a tal menina. Este era mais maturo, estudioso e sabia o que queria da vida!

Diferente dela era gentil e bem humorado!

Muito inteligente galgou altos postos pela sua capacidade e luta, apesar de ser um herdeiro milionário!

O que impressiona e me pergunto, é como duas pessoas criadas no mesmo ambiente podiam ser tão diferentes? O rapaz, moço polido em suas atitudes... Respeitoso, requintado no relacionamento com pessoas e por isso muito considerado!

Ali podia se ver educação e instrução atuarem ao mesmo tempo. Belo varão!

A irmã coitada, por mais que quisesse era figura apagada sem brilho, ignorada, odiada por aqueles que bem a conheciam.

Pois bem, o tempo foi passando, casamento com ela aconteceram por diversas vezes se é que se pode dizer assim... E nada de dar certo. Soube que um deles achava que era caso de manicômio, achando à louca.

Outros meneando a cabeça, diziam ser caso de policia!

Quantos a roubaram! Assim ia dilapidando sua fortuna que já não era tão grande assim!

Ao vê La as pessoas que a conheciam ficavam assustadas... Triste envelhecida nos seu trinta e poucos anos sem ânimo nem coragem para viver!

Sozinha, pois os pais tinham ido há tempos, se encontrava em desespero querendo alguém que a amparasse e nada de aparecer tal ajuda!

Lembrou se que tinha umas tias solteironas as quais sempre desdenhou, que moravam numa cidadezinha de interior lá onde o Judas perdeu as botas... Tentou falar com elas... Mas o medo das duas era ser maltratadas, lembrança que ainda tinham da famigerada sobrinha.

Foi preciso pedir em nome de DEUS que suas tias viessem tomar conta dela, dizendo estar muito doente e aflita, sem carinho, nem afeto de ninguém!

Pediu até que suas tias fossem tutoras dela, assumindo o lugar dos pais.

Vejam como é a vida!

Aí entram ditados populares... “Aqui se faz aqui se paga!

“Quem semeia vento, colhe tempestade!

É amado quem retribui AMOR.

A vida é mestra, ensina que, o que vale é a simplicidade e a humildade.

Não aprendeu com os pais, o mundo ensina!

Ensina da forma mais terrível!

E assim nossa mocinha teve que aprender a olhar os outros como iguais! Contando que teve de aprender uma profissão, pois trabalhar já era preciso.

O dinheiro não a salvou de tantos malefícios, pois não soube usufruir dele convenientemente, usou o como forma de espezinhar!

“Quem ri por ultimo ri melhor.

As tias foram às primeiras!

Norma kater,

N orma kater
Enviado por N orma kater em 26/03/2011
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