Uma Simples Mulher II Capítulo 14
Terapia de Vidas Passadas.
Aqui começa uma longa e sofrida fase. No mês de maio muitas coisas começaram a acontecer.
A Celina recomeçou a vir à minha casa e pediu um livro e uma fita do Bhagwan emprestados, pois ela tinha me dado todo o material dele quando voltou dos Estados Unidos.
Conversamos bastante e ela contou que estava muito triste por ter magoado a professora de yoga, mas que não podia mais continuar naquele caminho espiritual, o qual até hoje não sei o nome.
Eu não quis entrar em muitos detalhes, mas para mim tudo aquele niilismo nunca foi benéfico nem trouxe nada de bom. Combinamos então voltar a fazer as meditações juntas.
Um dia, passando por uma vitrine, vi um cartaz sobre um Curso de Parapsicologia que iria acontecer no início de junho.
Na mesma hora tive uma daquelas “intuições” que na verdade são “empurrões”, me dizendo para fazer o curso.
Convidei a Celina e ela topou imediatamente.
Quando fomos fazer a inscrição, conhecemos um rapaz que nos falou sobre uma “maratona de terapias” que iria acontecer numa fazenda próxima de São Paulo, onde o terapeuta, que vou chamar de Dr. Elier, trata de psicóticos, usando técnicas avançadas em relação à psiquiatria tradicional.
Resolvemos ir. Sem conhecer ninguém, sem saber nada sobre o doutor, mas assim mesmo resolvemos ir. Seria no sábado, dia 02 de junho, o dia todo, incluindo almoço e condução.
E lá fomos nós, as duas aventureiras, no sábado de madrugada. As pessoas iriam se encontrar na casa do Dr. Elier e de lá iríamos para a tal fazenda.
Uma loucura!
O Dr. Elier era um homem simples, descontraído, que fazia um trabalho muito humanitário, cuidando de pacientes psicóticos sob um novo enfoque: deixava-os à vontade, num local rústico e em meio à natureza, permitindo que eles manifestassem suas crises livremente, sem quaisquer mediações ou contenções.
Ao mesmo tempo, ele aplicava várias técnicas, tais como a meditação dinâmica, por exemplo.
Ele tinha também uma equipe de pessoas sensitivas trabalhando no que ele chamava de “captações”.
Os sensitivos rodeavam o paciente, cada um expressando vários tipos de energias que ele chamava de “personalidades intrusas”.
Isso para mim nada mais é o que no espiritismo se chama “trabalho magnético de desobsessão”, feito com o auxílio de vários médiuns que incorporam os espíritos que acompanham o doente.
Mas é óbvio que o Dr. Elier, sendo um médico psiquiatra, não poderia usar essa terminologia, pois não seria aceito pela ciência médica oficial.
Fizemos várias meditações em grupo e, como era de se esperar, a energia era muito pesada pela presença de pessoas muito perturbadas; para a Celina foi horrível; para mim nem tanto.
No final houve uma dança entre todos os presentes; o Dr. Elier dançou comigo e eu pela primeira vez tive a experiência de sentir minha energia fluindo livremente com a energia de um homem, que eu identifiquei como sendo uma energia de um “adulto”.
Não sei explicar, mas como sempre dancei com meu marido, que foi meu primeiro namorado, desta vez, dançando com Elier, senti como se estivesse dançando com um adulto cuja energia conseguia fluir com a minha energia.
Foi interessante tanto conhecer o Dr. Elier como a experiência em si do tratamento que ele faz.
O curso de Parapsicologia foi nos dias 6, 7, 8 e 9 de junho, ministrado por uma psicóloga, que morava e clinicava em uma cidadezinha perto de Londrina, Paraná.
Vou chamá-la de Dra Eugene.
Era conhecida do Dr. Elier e veio dar esse curso em AraCity porque o Willie, seu assistente, morava aqui.
O curso foi interessante: falava sobre regressão, explicando que esse processo terapêutico podia abranger tanto a vida atual como as vidas passadas e que podia melhorar problemas ligados ao passado de cada um.
Ela explicou que, tal como o Dr. Elier, trabalhava com pessoas sensitivas que auxiliavam fazendo a captação dos problemas e ajudando a liberá-los.
Como era de se esperar, eu e a Celina ficamos interessadas.
Durante o curso, a sensitiva Almira fez-me um diagnostico, e disse o mesmo que a outra sensitiva do Mente Sã tinha dito: havia uma ligação entre eu e minha mãe no plano emocional.
Eu fiquei decepcionada: com tantas meditações, ainda o mesmo problema? Mal sabia eu o quanto demora e como e trabalhosa a resolução desses processos.
Eu ainda acreditava que havia soluções mágicas!
No outro dia fui ao hotel onde a Dra Eugene estava hospedada, conversar com ela e com a sensitiva Almira.
Receberam-me como se eu fosse uma velha conhecida; eu disse a elas que gostaria de fazer a terapia.
A Dra Eugene propôs-me ir para sua cidade, SerCity, e ficar lá por 4 dias nas férias de julho. O preço não era exagerado; aceitei prontamente e ficou tudo marcado.
Entretanto, no final do curso houve mais pessoas interessadas e então ela se propôs a vir na ultima semana de julho para fazer as terapias em AraCity. Marcamos eu, a Celina e mais 8 pessoas.
Enquanto isso, eu e a Celina continuamos a fazer as meditações do Rajneesh.
Dia 29 de junho, sexta feira
Voltei a fazer as meditações do Bhagwan. A Celina também. Ela se decidiu a tomar sannyas; eu pretendo esperar um pouco. Sinto que há muita coisa importante para ser resolvida; sinto que fui levada ao curso de parapsicologia pelo Bhagwan. A terapia de vidas passadas está marcada para a última semana de julho e vai me ajudar a me conhecer em muitos níveis.
Hoje de manha fiz a dinâmica e foi muito rica em ensinamentos:
-se vier raiva, não se preocupe em expressa-la; entre nela, sinta-a, se entregue a ela; dance com sua raiva, dance com seu ódio, os aceite; dance com sua insegurança, com seus medos, dance com sua falta de amor, com sua frieza, com seu fechamento, dance com seu corpo, com seu intestino preso, com as fezes duras; dance com a agressividade do seu marido e com a voz dele; com a Marília, sua rebeldia e possessividade; com o Armando e sua chatice e rabugice; com seu pai doente, fechado e triste; com sua mãe alheia e indiferente. Dance, dance com tudo isso, abrace tudo isso, aceite, olhe para tudo isso e entregue tudo ao Universo.
E eu entreguei.
Dia 13 de julho, sexta feira
Continuo fazendo as meditações do Bhagwan todos os dias. Eu e a Celina estamos numa fase de certa exaltação. A Liliana não: continua muito equilibrada. Ou reprimida, não sei. Tudo continua na mesma: alternância de estados emocionais: ânimo, desânimo, esperança, frustração, raiva, paz, amor, desamor, sensualidade, repulsão. A terapia começará no dia 23. Não sei o que será. Só sei que atrás de tudo está o Bhagwan: orienta silenciosamente.
Hoje, na dinâmica, senti bem a necessidade de agradar a mim mesma e a ninguém mais. Vigiar, observar: só faça o que e quando tiver vontade. Notei que não consigo: corro para agradar o Mauro. Gosto de estar de bem com ele, conservar a harmonia da família, as conversas, os planos para o futuro, o carro, a firma, a casa. Ele representa a segurança, o pé no chão, o lado prático e convencional da vida e eu quero conservar isso a todo custo. Fique atenta sobre tudo isso, observe, examine, vigie.
Dia 17 de julho, terça feira
Tudo está brilhante: Bhagwan está presente. Hoje na dinâmica, uma percepção inédita: essa que fala, essa que age, essa que pensa, essa que fica feliz, essa que chora, todas essas não sou eu. Então quem sou eu? Ainda não dá para saber, porque há uma identificação muito grande com esses falsos eus. Tudo o que penso ser eu é falso, tudo. Então não resta nada; daí o medo. Os falsos eus tremem de medo. Agora entendi, visualizei, percebi, compreendi. Não há espaço porque estou colada a mente. Penso que sou a mente. Hoje vi que não sou a mente. Só que não consigo ver quem eu sou. Teoricamente sei que não sou, mas não consigo perceber isso como experiência. O mais notável e que toda essa percepção veio sem a menor emoção, posso dizer ate que friamente. Não foi uma experiência do coração, foi só percepção, só isso.
Dia 21 de julho, sábado
Hoje na dinâmica tomei conhecimento de dois bloqueios de energia: um na região sexual e outro no peito. Tive também os seguintes ensinamentos: toda vez que o Mauro me procura sexualmente, devo encarar como uma forma da Vida me chamar para a vida; uma forma de continuar viva por intermédio do sexo. Agradeça por alguém te procurar, se não amorosamente, pelo menos sexualmente.
Outro ensinamento: a dinâmica é uma meditação dura, de trabalho consigo mesmo, de autoconhecimento. E trabalho e aprendizagem. A kundalini é uma meditação do amor, do relax, da união com o todo. As duas devem ser prazerosas e vistas como leela.(brincadeira de Deus)
Hoje numa festinha na casa do meu irmão, tive medo de ficar totalmente alheada como a minha mãe; mas depois compreendi que eu posso controlar isso: basta um pequeno esforço para me comunicar com as pessoas e pronto, tudo fica bem.
Dia 23 de julho, segunda-feira
Na dinâmica, ensinamento sobre a mente: esta que raciocina, que pensa conscientemente, não sou EU mas sim um instrumento prático para a vida. Aqueles pensamentos que surgem sozinhos e durante os quais eu fico inconsciente de mim mesma, esses são parte do subconsciente ou inconsciente, não sei bem. No inicio, devo observar esses pensamentos com a mente consciente. A mente consciente será a observadora. Depois é que se começa a observar a si mesma e por si mesma.
Outra percepção: como o Soma ia fechar, fomos enviadas a outros caminhos durante esse período de transição; agora tudo se normalizou e fomos chamadas novamente, cada uma a seu modo.
Como se percebe, as percepções estavam ficando cada vez mais profundas. Quanta riqueza, quantas percepções se abrindo e caindo sobre mim como uma chuva de bênçãos!
Eu não sabia, como sei hoje, que tudo vinha de dentro de mim mesma, de meu próprio ser, de minha própria dimensão divina.
Na verdade, eu estava me entregando a mim mesma e era exatamente isso que o Mestre dizia o tempo todo!
A partir daí, uma nova fase se iniciaria, com a Terapia de Vidas Passadas.
Fim deste livro.
Continua em Uma Simples Mulher III a ser publicado em breve!
Terapia de Vidas Passadas.
Aqui começa uma longa e sofrida fase. No mês de maio muitas coisas começaram a acontecer.
A Celina recomeçou a vir à minha casa e pediu um livro e uma fita do Bhagwan emprestados, pois ela tinha me dado todo o material dele quando voltou dos Estados Unidos.
Conversamos bastante e ela contou que estava muito triste por ter magoado a professora de yoga, mas que não podia mais continuar naquele caminho espiritual, o qual até hoje não sei o nome.
Eu não quis entrar em muitos detalhes, mas para mim tudo aquele niilismo nunca foi benéfico nem trouxe nada de bom. Combinamos então voltar a fazer as meditações juntas.
Um dia, passando por uma vitrine, vi um cartaz sobre um Curso de Parapsicologia que iria acontecer no início de junho.
Na mesma hora tive uma daquelas “intuições” que na verdade são “empurrões”, me dizendo para fazer o curso.
Convidei a Celina e ela topou imediatamente.
Quando fomos fazer a inscrição, conhecemos um rapaz que nos falou sobre uma “maratona de terapias” que iria acontecer numa fazenda próxima de São Paulo, onde o terapeuta, que vou chamar de Dr. Elier, trata de psicóticos, usando técnicas avançadas em relação à psiquiatria tradicional.
Resolvemos ir. Sem conhecer ninguém, sem saber nada sobre o doutor, mas assim mesmo resolvemos ir. Seria no sábado, dia 02 de junho, o dia todo, incluindo almoço e condução.
E lá fomos nós, as duas aventureiras, no sábado de madrugada. As pessoas iriam se encontrar na casa do Dr. Elier e de lá iríamos para a tal fazenda.
Uma loucura!
O Dr. Elier era um homem simples, descontraído, que fazia um trabalho muito humanitário, cuidando de pacientes psicóticos sob um novo enfoque: deixava-os à vontade, num local rústico e em meio à natureza, permitindo que eles manifestassem suas crises livremente, sem quaisquer mediações ou contenções.
Ao mesmo tempo, ele aplicava várias técnicas, tais como a meditação dinâmica, por exemplo.
Ele tinha também uma equipe de pessoas sensitivas trabalhando no que ele chamava de “captações”.
Os sensitivos rodeavam o paciente, cada um expressando vários tipos de energias que ele chamava de “personalidades intrusas”.
Isso para mim nada mais é o que no espiritismo se chama “trabalho magnético de desobsessão”, feito com o auxílio de vários médiuns que incorporam os espíritos que acompanham o doente.
Mas é óbvio que o Dr. Elier, sendo um médico psiquiatra, não poderia usar essa terminologia, pois não seria aceito pela ciência médica oficial.
Fizemos várias meditações em grupo e, como era de se esperar, a energia era muito pesada pela presença de pessoas muito perturbadas; para a Celina foi horrível; para mim nem tanto.
No final houve uma dança entre todos os presentes; o Dr. Elier dançou comigo e eu pela primeira vez tive a experiência de sentir minha energia fluindo livremente com a energia de um homem, que eu identifiquei como sendo uma energia de um “adulto”.
Não sei explicar, mas como sempre dancei com meu marido, que foi meu primeiro namorado, desta vez, dançando com Elier, senti como se estivesse dançando com um adulto cuja energia conseguia fluir com a minha energia.
Foi interessante tanto conhecer o Dr. Elier como a experiência em si do tratamento que ele faz.
O curso de Parapsicologia foi nos dias 6, 7, 8 e 9 de junho, ministrado por uma psicóloga, que morava e clinicava em uma cidadezinha perto de Londrina, Paraná.
Vou chamá-la de Dra Eugene.
Era conhecida do Dr. Elier e veio dar esse curso em AraCity porque o Willie, seu assistente, morava aqui.
O curso foi interessante: falava sobre regressão, explicando que esse processo terapêutico podia abranger tanto a vida atual como as vidas passadas e que podia melhorar problemas ligados ao passado de cada um.
Ela explicou que, tal como o Dr. Elier, trabalhava com pessoas sensitivas que auxiliavam fazendo a captação dos problemas e ajudando a liberá-los.
Como era de se esperar, eu e a Celina ficamos interessadas.
Durante o curso, a sensitiva Almira fez-me um diagnostico, e disse o mesmo que a outra sensitiva do Mente Sã tinha dito: havia uma ligação entre eu e minha mãe no plano emocional.
Eu fiquei decepcionada: com tantas meditações, ainda o mesmo problema? Mal sabia eu o quanto demora e como e trabalhosa a resolução desses processos.
Eu ainda acreditava que havia soluções mágicas!
No outro dia fui ao hotel onde a Dra Eugene estava hospedada, conversar com ela e com a sensitiva Almira.
Receberam-me como se eu fosse uma velha conhecida; eu disse a elas que gostaria de fazer a terapia.
A Dra Eugene propôs-me ir para sua cidade, SerCity, e ficar lá por 4 dias nas férias de julho. O preço não era exagerado; aceitei prontamente e ficou tudo marcado.
Entretanto, no final do curso houve mais pessoas interessadas e então ela se propôs a vir na ultima semana de julho para fazer as terapias em AraCity. Marcamos eu, a Celina e mais 8 pessoas.
Enquanto isso, eu e a Celina continuamos a fazer as meditações do Rajneesh.
Dia 29 de junho, sexta feira
Voltei a fazer as meditações do Bhagwan. A Celina também. Ela se decidiu a tomar sannyas; eu pretendo esperar um pouco. Sinto que há muita coisa importante para ser resolvida; sinto que fui levada ao curso de parapsicologia pelo Bhagwan. A terapia de vidas passadas está marcada para a última semana de julho e vai me ajudar a me conhecer em muitos níveis.
Hoje de manha fiz a dinâmica e foi muito rica em ensinamentos:
-se vier raiva, não se preocupe em expressa-la; entre nela, sinta-a, se entregue a ela; dance com sua raiva, dance com seu ódio, os aceite; dance com sua insegurança, com seus medos, dance com sua falta de amor, com sua frieza, com seu fechamento, dance com seu corpo, com seu intestino preso, com as fezes duras; dance com a agressividade do seu marido e com a voz dele; com a Marília, sua rebeldia e possessividade; com o Armando e sua chatice e rabugice; com seu pai doente, fechado e triste; com sua mãe alheia e indiferente. Dance, dance com tudo isso, abrace tudo isso, aceite, olhe para tudo isso e entregue tudo ao Universo.
E eu entreguei.
Dia 13 de julho, sexta feira
Continuo fazendo as meditações do Bhagwan todos os dias. Eu e a Celina estamos numa fase de certa exaltação. A Liliana não: continua muito equilibrada. Ou reprimida, não sei. Tudo continua na mesma: alternância de estados emocionais: ânimo, desânimo, esperança, frustração, raiva, paz, amor, desamor, sensualidade, repulsão. A terapia começará no dia 23. Não sei o que será. Só sei que atrás de tudo está o Bhagwan: orienta silenciosamente.
Hoje, na dinâmica, senti bem a necessidade de agradar a mim mesma e a ninguém mais. Vigiar, observar: só faça o que e quando tiver vontade. Notei que não consigo: corro para agradar o Mauro. Gosto de estar de bem com ele, conservar a harmonia da família, as conversas, os planos para o futuro, o carro, a firma, a casa. Ele representa a segurança, o pé no chão, o lado prático e convencional da vida e eu quero conservar isso a todo custo. Fique atenta sobre tudo isso, observe, examine, vigie.
Dia 17 de julho, terça feira
Tudo está brilhante: Bhagwan está presente. Hoje na dinâmica, uma percepção inédita: essa que fala, essa que age, essa que pensa, essa que fica feliz, essa que chora, todas essas não sou eu. Então quem sou eu? Ainda não dá para saber, porque há uma identificação muito grande com esses falsos eus. Tudo o que penso ser eu é falso, tudo. Então não resta nada; daí o medo. Os falsos eus tremem de medo. Agora entendi, visualizei, percebi, compreendi. Não há espaço porque estou colada a mente. Penso que sou a mente. Hoje vi que não sou a mente. Só que não consigo ver quem eu sou. Teoricamente sei que não sou, mas não consigo perceber isso como experiência. O mais notável e que toda essa percepção veio sem a menor emoção, posso dizer ate que friamente. Não foi uma experiência do coração, foi só percepção, só isso.
Dia 21 de julho, sábado
Hoje na dinâmica tomei conhecimento de dois bloqueios de energia: um na região sexual e outro no peito. Tive também os seguintes ensinamentos: toda vez que o Mauro me procura sexualmente, devo encarar como uma forma da Vida me chamar para a vida; uma forma de continuar viva por intermédio do sexo. Agradeça por alguém te procurar, se não amorosamente, pelo menos sexualmente.
Outro ensinamento: a dinâmica é uma meditação dura, de trabalho consigo mesmo, de autoconhecimento. E trabalho e aprendizagem. A kundalini é uma meditação do amor, do relax, da união com o todo. As duas devem ser prazerosas e vistas como leela.(brincadeira de Deus)
Hoje numa festinha na casa do meu irmão, tive medo de ficar totalmente alheada como a minha mãe; mas depois compreendi que eu posso controlar isso: basta um pequeno esforço para me comunicar com as pessoas e pronto, tudo fica bem.
Dia 23 de julho, segunda-feira
Na dinâmica, ensinamento sobre a mente: esta que raciocina, que pensa conscientemente, não sou EU mas sim um instrumento prático para a vida. Aqueles pensamentos que surgem sozinhos e durante os quais eu fico inconsciente de mim mesma, esses são parte do subconsciente ou inconsciente, não sei bem. No inicio, devo observar esses pensamentos com a mente consciente. A mente consciente será a observadora. Depois é que se começa a observar a si mesma e por si mesma.
Outra percepção: como o Soma ia fechar, fomos enviadas a outros caminhos durante esse período de transição; agora tudo se normalizou e fomos chamadas novamente, cada uma a seu modo.
Como se percebe, as percepções estavam ficando cada vez mais profundas. Quanta riqueza, quantas percepções se abrindo e caindo sobre mim como uma chuva de bênçãos!
Eu não sabia, como sei hoje, que tudo vinha de dentro de mim mesma, de meu próprio ser, de minha própria dimensão divina.
Na verdade, eu estava me entregando a mim mesma e era exatamente isso que o Mestre dizia o tempo todo!
A partir daí, uma nova fase se iniciaria, com a Terapia de Vidas Passadas.
Fim deste livro.
Continua em Uma Simples Mulher III a ser publicado em breve!