Uma Simples Mulher II                                 Capitulo 13                          

Vivendo e Aprendendo.
 
Passaram-se muitos dias de uma fase vazia e indefinida.
Mas a Vida continuava jorrando suas fontes.
 
Em novembro de 1983 eu tinha levado o meu filho Armando,com 10 anos de idade, ao Dr. Leonardo, médico homeopata.
Tanto ele como a minha filhinha Marília, com 7 anos, estavam tendo crises de amigdalite cada vez mais fortes, desde agosto.
O pediatra tratava com antibióticos e as crises voltavam.

Meu pai, farmacêutico do tipo tradicional, e o meu marido não acreditavam em homeopatia, mas eu insisti e agüentei a crise do Armando sem dar antibiótico por vários dias.
Não foi fácil, mas valeu a pena!
Como fiquei feliz ao ver que ele começou a reagir só com os remedinhos da homeopatia!
 
Depois aconteceu o mesmo com a Marília.
Nas férias ela teve uma crise forte de bronquite quando viajamos para a praia e venceu com a homeopatia.
 
Animada com os resultados, fiz uma consulta com o Dr. Leonardo, que me mandou tomar o Natrum Muriaticum,meu remédio de fundo.
Tomei 4 dias no mês de dezembro. Depois ele mandou repetir do décimo ao décimo sétimo dia do período menstrual.
Tive vários sintomas: enjôo, depressão, vontade de chorar sem motivo. Passei o réveillon na praia, chorando.
No dia 23 de janeiro fui com as crianças para a praia, no apartamento da minha irmã; passei muito bem lá.
Depois fomos passar uns dias em Caraguá com a minha prima Marilyn e o marido dela, Charles, e tomei novamente o Natrum nos dias 1,2,3 e 4 de fevereiro.
 
No dia 4 de fevereiro aconteceu o acidente que narrei no capitulo anterior!
 
Só muito depois é que liguei uma coisa com a outra; e na verdade não posso afirmar que tenha algo a ver.

O que eu sei é que depois do acidente aconteceram varias coisas:
-Nos primeiros dias fiquei meio abobalhada, passando mal. Emagreci muito, não queria comer. Fiquei fraca, tanto física como emocionalmente. Não queria saber de nada com o meu marido. Ele se magoou como sempre.
-Depois comecei a sentir muita pena dele, que gemia durante a noite, com muita dor nas costelas feridas. Ele foi o que mais se machucou. Senti muito carinho por ele e uma noite acordei com a seguinte frase em minha mente: “Paz, Amor e Reverencia ao Centro”. E o Centro era ele.
-Depois me senti muito frágil e feminina. Fiquei carinhosa com o Mauro e muito sensível com o sofrimento de qualquer pessoa.
-Passei a semana de 13 a 18 de fevereiro com muita disposição e energia. Lia os livros da Seicho-No –Ie e sentia-me envolvida em muita luz.
-Já na semana seguinte a energia decresceu.
-Na outra semana eu estava péssima, com um grande cansaço. Recomecei a trabalhar.
Estava pesando 51kg; nunca pesei tão pouco depois de adulta. Sentia-me como que exaurida, sem energia alguma.
 
Sei que nada acontece por acaso; tudo tem uma causa e uma razão.
Agora pergunto: e o acidente que tivemos na praia? Qual a influência da homeopatia, das meditações e das orações?
 
Depois de meditar muito, entendi que todos os acontecimentos são causados por nós, por nossas atitudes e crenças do passado.
E que o tratamento que fiz com a homeopatia, juntamente com as meditações e as orações da Seicho-No-Ie podem ter atuado como catalisadores, limpando as energias e precipitando o carma.
 
Claro que isso se aplica no que diz respeito a mim; não posso dizer nada pelas outras pessoas envolvidas, cada uma com sua estória.

O Universo trabalha com uma trama muito complexa de ações e reações e não cabe a nós tentar explicar todos os fatos que acontecem nas nossas vidas.

Mas hoje tenho mais cuidado ao iniciar qualquer processo terapêutico, pois sei que há efeitos nem sempre agradáveis.

Aprendi a confiar mais nos processos sutis da própria natureza, que nunca erra e nas minhas meditações.
 
Todavia, todas as terapias têm evidentemente o seu lugar.

           continua...
Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 17/02/2010
Código do texto: T2091312
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